Navalshore 2012 fortalece ambiente de negócios no segmento da indústria naval brasileira
 
Presença maciça de empresas na feira consolida potencial de crescimento interno e de cooperação internacional no setor
 
JORNALISTA
RUBENN DEAN
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A indústria naval brasileira está consolidada e com um cenário ainda mais promissor. Nos pavilhões da Navalshore 2012 - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, o principal encontro do segmento naval e offshore na América Latina, é possível conferir os reflexos do crescimento do setor como business no Brasil. As empresas aproveitam da visitação recorde da feira, que acontece até hoje (3/8) no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro,  para atraírem novos clientes, parceiros e fechar negócios. 

No início da noite de quinta-feira, a empresa brasileira de representações e serviços da área naval e offshore Macnor Marine fechou, em seu estande, um contrato para comercializar no País os equipamentos da finlandesa Steerprop, especializada em sistema de propulsão azimuth. "A Navalshore é uma grande oportunidade para fortalecer a nossa marca para os clientes, mas também permite o início ou a concretização de negócios", afirmou Anna Guimarães, responsável pelo Marketing da Macnor. 

Esta edição 2012 da Navalshore tem uma novidade que é o Pavilhão Estaleiros do Brasil. Um dos expositores é a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que engloba o Estaleiro Bibi, Estaleiro Rio Negro (Erin), Enchova, Estaleiro São Pedro, Marajó Diesel, Estaleiro Rio Amazonas (Eram), DMN Estaleiro, Estaleiro Santa Rosa e o Sindicato da Indústria da Construção Naval de Manaus (SindNaval). "Participar da Navalshore é fundamental para nós neste momento em que o pólo naval do Amazonas está em expansão. Aqui temos mostrar nossos benefícios para estaleiros do mundo inteiro e atrair novos negócios para o Estado", frisou Antonio Henriques, assessor da Suframa. 

Cooperação internacional - A SSA (Associação de Estaleiros, Fabricantes de Peças e Equipamentos Britânica) firmou um termo de cooperação com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e a Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), que prevê o intercâmbio de tecnologia e know-how, além do incentivo a indústria de navipeças. Para o diretor da SSA, Ash Sinha, a parceria fortalece as oportunidades de expansão da indústria naval inglesa no território nacional: "A troca de experiências é necessária à nova demanda do mercado naval e offshore no Brasil e muitas empresas britânicas já demonstram interesse em atuar em conjunto com as empresas brasileiras". 

Assinado durante o segundo dia da Navalshore 2012, o termo de cooperação é visto com entusiasmo pelos representantes brasileiros, que acreditam nos esforços e nos investimentos contínuos como forma de estabilizar a demanda nacional. Os desafios junto às oportunidades são o combustível da parceria. "Estamos abertos para o mercado e cooperaremos fortemente para o desenvolvimento e fortalecimento da indústria naval e offshore no país", destacou o cônsul-geral britânico, diretor de comércio e investimento no Brasil, John Doddrell. 

O segundo dia da feira contou, também, com a participação do cônsul-geral da Holanda no Brasil, Paul R. J. Comenencia. "É impressionante a qualidade das empresas que estão presentes aqui. É uma feira que está organizada de forma a favorecer o encontro entre executivos, facilitando os negócios", disse. O cônsul acredita que o momento do Brasil no cenário naval e offshore é incomparável. "Há pouco tempo recebemos na Holanda uma missão de estaleiros brasileiros capitaneada pelo Sinaval que foi muito produtiva. Os empresários conheceram diversas empresas locais especializadas no fornecimento de equipamentos e serviços. O importante agora é que o conteúdo local, exigência do setor no Brasil, não seja um limitador da potencialidade dessa indústria".
 
Luis Maria Kreckler, embaixador da Argentina no Brasil, concorda com Comenencia: "A indústria naval é uma das cinco prioridades da agenda de interação econômica entre Brasil e Argentina. Acredito que a indústria naval receberá, inclusive, o mesmo tratamento que o setor automotivo recebeu quando se definiram novas regras e quotas para o comércio entre os países". Segundo Kreckler, a complementaridade pode ser muito mais produtiva para Brasil e Argentina do que as restrições impostas pela normativa do conteúdo local.