REPÓRTER RUBENN DEAN
Cães da PM são treinados para atuar no resgate de reféns
Animais ajudam a salvar inocentes em ações da Unidade de Intervenção Tática da corporação
Para além das funções mais tradicionais de farejar armas, drogas e explosivos, os cachorros do Batalhão de Operações com Cães (BAC), da Polícia Militar, têm uma missão especial: ajudar a polícia a resgatar pessoas mantidas em poder de bandidos. Entre os 78 cães que integram o canil atualmente, quatro são treinados para este trabalho, seguindo doutrina desenvolvida pela própria unidade, com base no protocolo da polícia francesa.
O treinamento, que dura em média três anos, induz os cães, inicialmente, a cometer o erro de morder o refém para, depois, ensiná-los que aquele é justamente o indivíduo que não pode ser atacado na ação. Os cachorros utilizados nas operações de resgate de reféns são das raças pastor belga de malinois e pastor holandês.
“Fomos os pioneiros neste tipo de atuação, entre as polícias de todos os estados do Brasil. Estamos na terceira geração de animais desde que começamos a desenvolver o método de intervenção tática, em 2004” explicou o subcomandante do BAC, major Vitor Valle.
Segundo o subcomandante, desde o início da implantação do método, não houve nenhum acidente com mordedura. Os cães com este preparo dão suporte à Unidade de Intervenção Tática (UIT) da PM, que é montada e acionada somente em situações de crise. Composta essencialmente por policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), a UIT atua nos chamados eventos críticos, como tomada de reféns, “sujeito barricado” (assaltante que fica entrincheirado após uma situação de assalto, em local fechado) e ataques terroristas.
Preparação para os grandes eventos
Os cães do BAC já estão sendo treinados com policiais do Bope para atuar nos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, durante os grandes eventos.
“Atuamos no Panamericano, nos Jogos Mundiais Militares e na visita do presidente americano Barack Obama. Estamos preparados para a Copa das Confederações e para a Jornada Mundial da Juventude” disse o major.
jornalista
rubenn dean
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