Segundo o NTU, a justificativa seria o aumento do Diesel, que representa 30% dos gastos das empresas.



Jornalista/Repórter. Rubenn Dean Paul Alws
Mt.2014/0143 ... Drt.33.689-1RJ

Tarifa de ônibus no Rio vai aumentar R$ 0,10 no próximo ano

Segundo o NTU, a justificativa seria o aumento do Diesel, que representa 30% dos gastos das empresas


Um novo aumento nas passagens de ônibus já está marcado para o início do ano que vem. As passagens passarão dos atuais R$ 3,00, que já sofreram aumento em março deste ano, para R$ 3,10. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), isso seria resultado do aumento, anunciado na semana passada, de 5% no preço do diesel, combustível usado nas frotas de ônibus no Rio.
No ano passado, a pressão popular, encabeçada pelo Movimento do Passe Livre, foi a razão para o adiamento do aumento das passagens até março deste ano.  A passagem que custava R$ 2,75 passaria para R$2,90, mas a agitação das ruas travou o aumento e fez com que a prefeitura e o governo se comprometessem a manter os preços dos transportes.
No entanto, com a pressão das empresas e o argumento de que as frotas de ônibus teriam ar-condicionado até 2016, o aumento acabou sendo feito nos primeiros meses de 2014, com um ajuste maior do que o previsto anteriormente.
O aumento atual, marcado para acontecer no primeiro dia de 2015, segue a lógica do aumento do diesel. Segundo o NTU, a tarifa vai sofrer uma aumento de 3%, o que significa um acréscimo de dez centavos no valor atual, arredondando o valor.
No entanto, para José Antonio Abraão do MPL o aumento é arbitrário, porque apenas favorece as empresas e não os usuários de transporte da cidade.  “O aumento que as empresas de ônibus estão propondo é o dobro da inflação. O relatório divulgado pelo IPCA mostrou que a margem de lucro dessas empresas foi muito superior ao ajuste necessário”.
Em um texto, publicado na página oficial do MPL  no Facebook, o movimento contesta esse novo aumento. “Os mesmos empresários revelam que o óleo significa 30% do custo total do serviço. Relacionando à tarifa de 3 reais, isso significa um valor de R$ 0,90 de diesel por passagem. Um acréscimo de 5% neste valor seria da ordem de R$0,045 (ou seja, menos de 5 centavos). O que deveria fazer o aumento previsto na passagem ser de 1,5%!!  Aumentar 10 centavos é mais do que o dobro da inflação. Mesmo na dinâmica perversa das tarifas, que cobra aos usuários todo o pagamento dos custos, o mais honesto seria 4 centavos e não de 10 centavos”, afirma o texto.
Para José Antônio, as justificativas para os aumentos das tarifas deixam a população refém das empresas de ônibus. Segundo ele, as empresas usam como desculpa o aumento e a melhora das frotas. “Um exemplo é o argumento do ar-condicionado a serem instalados nos ônibus da frota. Com a chegada do verão as pessoas se desesperam, porque a situação precária dos ônibus da cidade é grande, e aceitam esse aumento. A tarifa é um jeito que o empresário tem pra aumentar o lucro e a tendência é que a população pague por esse custo. A população mais pobre é a mais afetada”.
A classe média também é afetada por esses aumentos, como aponta José Antônio. Segundo ele, a camada da população que tem condições de comprar carro é afetada pelo caos no trânsito na cidade, situação que parece ter piorado ainda de uns anos para cá. “A situação é totalmente desfavorável pra população. A cidade continua um caos, o transito é absurdo e quem pega transporte publico tende a ser o mais prejudicado nesse sistema”.
Para Carlos Eduardo Martins esse novo aumento vai, mais uma vez, de encontro com as principais demandas populares de 2013 e que continuam reverberando até hoje.  “Os investimentos ainda são deficientes em mobilidade urbana porque mesmo com a estruturação de iniciativas como o BRT na zona oeste, por exemplo, ou o metrô, é que a situação ainda está longe de atender as demandas atendidas”.
Martins destaca ainda que tem que haver mais transparência por parte das empresas em relação ao verdadeiro motivo dos aumentos das passagens. “Tem que haver mais transparência por parte das empresas, da prefeitura e do governo e mais canais de participação política cidadã. O governo ainda não atendeu as demandas que foram pedidas em 2013, mas a população parece estar mais consciente da sua mobilização”, conclui.
Jornalista:
rubenn dean
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