REPÓRTER . RUBENN DEAN . MAT.ABR. 2013/0143 " DRT. 33.689-1RJ "
Mar de lama da política brasileira obriga organizadores da JMJ a transferir eventos para Copacabana
A Raiz de todos os males está dois anos atrás, quando a organização da Jornada Mundial da Juventude propôs que a vigília de sábado e a missa de domingo fossem feitas no Aterro do Flamengo, o que foi vetado pela gestão do prefeito Eduardo Paes, depois das reclamações de moradores da zona sul a respeito de megaeventos evangélicos acontecidos no mesmo local. A Prefeitura ofereceu cinco outros lugares. Até uma base aérea da Aeronáutica foi oferecida. Mas o local oferecido pela gestão municipal e aceito pela equipe organizadora da Jornada foi um terreno em Guaratiba, onde cabem 2 milhões de pessoas, maior que o Aterro do Flamengo e 3 vezes maior que o Vaticano. O terreno fica praticamente no extremo oeste da cidade, bem longe do centro do Rio de Janeiro e das zonas sul e norte. O terreno, segundo dizem, pertence a proprietários de empresas integrantes de consórcios que operam as linhas de ônibus municipais da cidade.
O resultado dessa operação desastrada está em vários lugares da imprensa e da Internet. Inclusive no Ucho. A chuva que atinge a cidade desde segunda-feira transformou o terreno de Guaratiba num pantanoso lamaçal. Segundo relatos, até jacarés foram encontrados ontem por lá. O prefeito Eduardo Paes se viu obrigado a permitir que os organizadores transferissem o evento para qualquer outro lugar. Para os organizadores, liderados por Dom Orani Tempesta, não restou outra solução que não fosse transferir a vigília e a missa para o mesmo local da missa de abertura de terça, a acolhida ao Papa de ontem e a Via Sacra de hoje: a Praia de Copacabana.