Rolé UFRJ: Biblioteca Pedro Calmon.
História de UERJ
Rio de Janeiro/Brasil!
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Espaço guarda a história da UFRJ e da educação brasileira em livros raros e publicações institucionais
Uma pequena biblioteca em um dos corredores do Palácio Universitário abriga, em suas estantes, parte da história da maior universidade federal do país. Com obras raras, móveis antigos e objetos históricos da instituição, a Biblioteca Pedro Calmon (BPC) é guardiã da memória da UFRJ.
Vinculada ao Fórum de Ciência e Cultura (FCC), tem sua trajetória ligada diretamente à criação da Universidade do Brasil, em 1945, tendo sido inaugurada no mesmo ano com a alcunha de Biblioteca Central, cuja sede era na Rua do Ouvidor. Cinco anos depois, foi transferida para o atual endereço, no Palácio Universitário, com a presença do então professor Pedro Calmon e do reitor Deolindo Couto.
Durante a gestão de Pedro Calmon à frente da Reitoria da Universidade do Brasil, a Biblioteca Central teve um importante papel, recebendo a visita de personalidades da época, como cientistas, artistas e políticos, entre eles Juscelino Kubitschek e o presidente americano Dwight Eisenhower.
Com a implementação do Sistema de Bibliotecas e Informação (Sibi), em 1990, a Biblioteca recebeu novas funções e objetivos e tornou-se o Centro Referencial, preservando parte do acervo considerado de interesse pela UFRJ e a coleção de livros raros. No final da década de 2000, agora vinculado ao FCC, passou a chamar-se Biblioteca Pedro Calmon.
“A BPC é um lugar de memória que garante e cultiva a proteção do patrimônio cultural, legitimando-se, portanto, como memória viva da Universidade desde a criação das escolas e faculdades fundadas no século XIX e que deram origem à atual UFRJ”, defende José Tavares, coordenador técnico da biblioteca desde 2000.
Segundo Andréa Queiroz, diretora da Divisão de Memória do Sibi, o espaço tem importância histórica devido a sua concepção como biblioteca central e às coleções, que exaltam a memória da UFRJ.
“A Pedro Calmon contempla um acervo que mostra a trajetória da instituição e das bibliotecas universitárias que têm relação direta com a ideia de um patrimônio nacional muito importante. Não é um espaço apenas de obras raras, mas também de acervos especializados e de memória institucional.”
Acervo de referência
Desde sua inauguração, a Biblioteca Pedro Calmon é guardiã de um rico patrimônio. Atuando apenas como espaço de consulta, sem empréstimo de livros, conta com um acervo construído por meio de doações de personalidades da ciência e cultura e de importantes instituições nacionais, além da aquisição de coleções particulares. Entre eles, estão itens que pertenceram a Ramalho Ortigão, Afrânio Peixoto, Olegário Mariano, Rodolfo Garcia, Adyr Guimarães e Antonio Monteiro de Barros, muitas com assinaturas e dedicatórias.
Atualmente, o acervo conta também com documentos textuais, iconográficos, multimídias e digitais, compondo as coleções Afonso Carlos Marques dos Santos, Obras Raras e Estudos de Problemas Brasileiros. “A Biblioteca possui um amplo acervo especializado na história da cidade do Rio de Janeiro, com um acervo que reflete sobre as principais questões da capital”, conta Queiroz.
Mas o grande destaque do acervo é, sem dúvida, a memória da produção da Universidade, como as coleções Memória UFRJ e Reitores UFRJ, que contam a trajetória da instituição e das pessoas que a formaram. A Biblioteca é também depositária das obras produzidas pela Editora UFRJ, dos Boletins da UFRJ e de parte dos documentos produzidos pelos seus principais conselhos. De acordo com Tavares, o público principal do espaço são alunos de mestrado e doutorado, tendo em vista as características bastante específicas das coleções.
A historiadora ressalta a importância de as unidades produzirem a memória de sua atuação para compor esse acervo. Seja essa produção em panfletos, seja em cartazes, é interessante que uma parte seja doada para compor a coleção Memória UFRJ.
Como chegar
A Biblioteca Pedro Calmon fica no Palácio Universitário, na Avenida Pasteur, n.º 250, Praia Vermelha. O campus também pode ser acessado pela Rua Lauro Müller, ao lado do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), ou pela Avenida Venceslau Brás, ao lado do Instituto Philippe Pinel.
É possível chegar diretamente ao prédio de ônibus ou carro, mas o estacionamento no local é limitado a veículos autorizados. Existem estacionamentos nas ruas e em locais privados no entorno. O metrô de Botafogo fica a menos de dois quilômetros de distância – de lá, pode-se fazer uma caminhada ou pegar um ônibus até o Instituto Philippe Pinel.
Saiba como se localizar no Campus Praia Vermelha | Imagem: Guilherme Vairo e Heloísa Bérenger (Coordcom/UFRJ)
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