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Educação ambiental dentro e fora da sala de aula


Universidades trabalham experiências práticas para despertar conscientização em alunos e comunidades


Brasília (DF) - O meio ambiente e a sustentabilidade estão em pauta. Com a proximidade da Rio +20 e dos megaeventos esportivos que o país sediará nos próximos anos, as instituições federais de ensino estão desenvolvendo projetos relacionados ao tema. Estudantes têm a oportunidade de aliar o conteúdo aprendido em sala de aula com experiências práticas em suas comunidades.

O departamento de Turismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio de projetos de extensão e matérias específicas de turismo e responsabilidade social, ensina na prática a importância da preservação e conservação de bens culturais. São duas iniciativas: o “Educazer” integra acadêmicos e alunos de ensino fundamental em atividades de lazer, com conteúdos aprendidos na escola e na universidade. O “Serração”, um projeto de extensão desenvolvido junto à comunidade do município de Quatro Barras (PR), tem o objetivo de despertar na comunidade a participação na divulgação e promoção do turismo. São organizadas oficinas para discutir temas relacionados às potencialidades locais.

Outros projetos de pesquisa da UFPR estão na área de ecosocioeconomia. Os alunos fazem trabalhos voltados ao desenvolvimento sustentável. Na opinião do coordenador, o professor doutor José Manoel Gândara, estas ações têm grande papel para que a pauta sobre o meio ambiente se fortaleça nas universidades. “Os alunos recebem de forma muito positiva os assuntos ligados à sustentabilidade. Cada vez mais eles têm consciência da importância do tema”, afirmou.

O Grupo de Pesquisa e Extensão em Turismo e Inclusão Social (TUris) da Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro (UFF) também trabalha com ênfase no turismo sustentável. Coordenado pelo professor Marcello Tomé, o grupo analisa o papel do turismo na conservação da natureza, na valorização do patrimônio cultural e na inclusão social por meio de pesquisas e ações conjuntas com a comunidade.

Pelo projeto “Visitas e Viagens Técnicas”, são organizadas visitas às unidades de conservação, como o Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional Itatiaia, Parque Estadual da Serra da Tiririca, entre outros. No Parque Nacional Itatiaia, um grupo da UFF também atua no estudo das trilhas, para que os visitantes possam aproveitar os roteiros dentro do parque sem colocar em risco o meio ambiente.

Já na Universidade de Brasília (UnB), o turismo sustentável é colocado como protagonista de forma participativa, com projetos em linhas variadas. Próximo à capital, em Cavalcante (GO), um grupo coordenado pela professora Iara Brasileiro está terminando um processo de restauração do Memorial Casa de Lió – uma área que será aberta à visitação, em breve, com parte da história da comunidade Kalunga, descendentes dos quilombolas. “Foi um trabalho feito a pedido da comunidade, com a intenção de preservar as tradições, aliando cultura, turismo e sustentabilidade”, disse Iara.

Em Cavalcante (GO), Cristalina (GO) e Brasília (DF) também estão em ação os grupos dos Observatórios do Turismo da UnB. São comitês gestores, formados por representantes das cidades, que estudam previamente a região, são capacitados e depois montam um plano de ação para traçar o diagnóstico sócio-econômico das localidades, com informações culturais e turísticas. “O resultado desses estudos é muito bom. A comunidade acaba percebendo onde é preciso investir, mudar, adaptar. E, como consequência, o turismo recebe mais demandas e profissionalização”, explicou a coordenadora dos observatórios, professora Elisângela Machado.

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