EDUCAÇÃO.2012
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RUBENN DEAN
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Educação ambiental dentro e fora da sala de aula
Universidades trabalham experiências práticas para despertar conscientização em alunos e comunidades
Brasília (DF) - O meio
ambiente e a sustentabilidade estão em pauta. Com a proximidade da Rio +20 e dos
megaeventos esportivos que o país sediará nos próximos anos, as instituições
federais de ensino estão desenvolvendo projetos relacionados ao tema. Estudantes
têm a oportunidade de aliar o conteúdo aprendido em sala de aula com
experiências práticas em suas comunidades.
O departamento de Turismo da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio de projetos de extensão e
matérias específicas de turismo e responsabilidade social, ensina na prática a
importância da preservação e conservação de bens culturais. São duas
iniciativas: o “Educazer” integra acadêmicos e alunos de ensino fundamental em
atividades de lazer, com conteúdos aprendidos na escola e na universidade. O
“Serração”, um projeto de extensão desenvolvido junto à comunidade do município
de Quatro Barras (PR), tem o objetivo de despertar na comunidade a participação
na divulgação e promoção do turismo. São organizadas oficinas para discutir
temas relacionados às potencialidades locais.
Outros projetos de pesquisa
da UFPR estão na área de ecosocioeconomia. Os alunos fazem trabalhos voltados ao
desenvolvimento sustentável. Na opinião do coordenador, o professor doutor José
Manoel Gândara, estas ações têm grande papel para que a pauta sobre o meio
ambiente se fortaleça nas universidades. “Os alunos recebem de forma muito
positiva os assuntos ligados à sustentabilidade. Cada vez mais eles têm
consciência da importância do tema”, afirmou.
O Grupo de Pesquisa e
Extensão em Turismo e Inclusão Social (TUris) da Universidade Federal Fluminense
do Rio de Janeiro (UFF) também trabalha com ênfase no turismo sustentável.
Coordenado pelo professor Marcello Tomé, o grupo analisa o papel do turismo na
conservação da natureza, na valorização do patrimônio cultural e na inclusão
social por meio de pesquisas e ações conjuntas com a comunidade.
Pelo projeto “Visitas e
Viagens Técnicas”, são organizadas visitas às unidades de conservação, como o
Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional Itatiaia, Parque Estadual da Serra da
Tiririca, entre outros. No Parque Nacional Itatiaia, um grupo da UFF também atua
no estudo das trilhas, para que os visitantes possam aproveitar os roteiros
dentro do parque sem colocar em risco o meio ambiente.
Já na Universidade de
Brasília (UnB), o turismo sustentável é colocado como protagonista de forma
participativa, com projetos em linhas variadas. Próximo à capital, em Cavalcante
(GO), um grupo coordenado pela professora Iara Brasileiro está terminando um
processo de restauração do Memorial Casa de Lió – uma área que será aberta à
visitação, em breve, com parte da história da comunidade Kalunga, descendentes
dos quilombolas. “Foi um trabalho feito a pedido da comunidade, com a intenção
de preservar as tradições, aliando cultura, turismo e sustentabilidade”, disse
Iara.
Em Cavalcante (GO),
Cristalina (GO) e Brasília (DF) também estão em ação os grupos dos Observatórios
do Turismo da UnB. São comitês gestores, formados por representantes das
cidades, que estudam previamente a região, são capacitados e depois montam um
plano de ação para traçar o diagnóstico sócio-econômico das localidades, com
informações culturais e turísticas. “O resultado desses estudos é muito bom. A
comunidade acaba percebendo onde é preciso investir, mudar, adaptar. E, como
consequência, o turismo recebe mais demandas e profissionalização”, explicou a
coordenadora dos observatórios, professora Elisângela Machado.
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