Vitória e projeções do G20
É claro que não se pode cravar a consequências efetivas da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada oficialmente pelo presidente Lula nessa segunda feira, no G20.
Mas a adesão de 82 países (incluindo instituições e organismos internacionais são 148 membros), somada ao orçamento inicial de R$ 145 bilhões e à entrada de última hora da Argentina de Milei na iniciativa constituirão, sim, uma vitória - e uma bandeira - para o governo brasileiro.
Os últimos dias foram marcados por inúmeros ruídos, sem falar nas demonstrações de que a chegada de Trump ao poder nos Estados Unidos vai mudar o ritmo e estilo das negociações nesse e em outros fóruns, com destaque para a possibilidade de que a Argentina se torne uma voz dissonante e que compete com o Brasil, regionalmente.
Ainda assim, o Itamaraty evidencia que a pauta do enfrentamento às desigualdades abre, sim, espaço para o protagonismo do país. A questão, nos próximos dias, é se essa conquista será base para uma imagem geral de sucesso brasileiro no comando do evento ou se novas discordâncias e polêmicas vão se sobrepor a essa imagem.
Nesse sentido, a Argentina, mais uma vez, ganha ares de “termômetro" do quanto o Brasil de Lula pode avançar em uma ordem global que terá o presidente Trump como uma espécie de farol para diversos grupos políticos, dentro do poder (como Milei) ou fora (como aqui).
Também nesse âmbito, mas envolvendo outros interesses e conversas, estará a mudança "pró Ucrânia" no comunicado acerca da guerra com a Rússia, algo a que o Brasil resiste, bem como o tom sobre a situação em Gaza. Na esfera econômica, o destaque irá para a proposta de taxar os super ricos - que ressonará, posteriormente, em medidas enviadas pelo Planalto ao Congresso, ao que tudo indica.
Já no campo da sustentabilidade, Lula será cobrado nem tanto no exterior como internamente, por sua própria base, no que tange a ênfase e peso das propostas - e compromisso - do país. O tema ainda engatinha na cúpula, ao menos em termos do fôlego obtido.
Panela de pressão dos cortes
Enquanto o G20 cria um clima de “pausa" na política, silenciosamente se amplia a tendência de alarme - e questionamentos - quanto às pressões inflacionárias e o cenário econômico em 2025. O resultado? O governo já sairá do evento sob forte cobrança para o anúncio do pacote de corte de gastos, que Haddad volta a dizer que está pronto. O gargalo, agora, seria apenas com a Defesa.
Indicadores
Ainda tem o Destaque
para a decisão sobre a Taxa Preferencial de Empréstimo na China e para o IPC de outubro na zona do Euro.
É claro que não se pode cravar a consequências efetivas da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada oficialmente pelo presidente Lula nessa segunda feira, no G20.
Mas a adesão de 82 países (incluindo instituições e organismos internacionais são 148 membros), somada ao orçamento inicial de R$ 145 bilhões e à entrada de última hora da Argentina de Milei na iniciativa constituirão, sim, uma vitória - e uma bandeira - para o governo brasileiro.
Os últimos dias foram marcados por inúmeros ruídos, sem falar nas demonstrações de que a chegada de Trump ao poder nos Estados Unidos vai mudar o ritmo e estilo das negociações nesse e em outros fóruns, com destaque para a possibilidade de que a Argentina se torne uma voz dissonante e que compete com o Brasil, regionalmente.
Ainda assim, o Itamaraty evidencia que a pauta do enfrentamento às desigualdades abre, sim, espaço para o protagonismo do país. A questão, nos próximos dias, é se essa conquista será base para uma imagem geral de sucesso brasileiro no comando do evento ou se novas discordâncias e polêmicas vão se sobrepor a essa imagem.
Nesse sentido, a Argentina, mais uma vez, ganha ares de “termômetro" do quanto o Brasil de Lula pode avançar em uma ordem global que terá o presidente Trump como uma espécie de farol para diversos grupos políticos, dentro do poder (como Milei) ou fora (como aqui).
Também nesse âmbito, mas envolvendo outros interesses e conversas, estará a mudança "pró Ucrânia" no comunicado acerca da guerra com a Rússia, algo a que o Brasil resiste, bem como o tom sobre a situação em Gaza. Na esfera econômica, o destaque irá para a proposta de taxar os super ricos - que ressonará, posteriormente, em medidas enviadas pelo Planalto ao Congresso, ao que tudo indica.
Já no campo da sustentabilidade, Lula será cobrado nem tanto no exterior como internamente, por sua própria base, no que tange a ênfase e peso das propostas - e compromisso - do país. O tema ainda engatinha na cúpula, ao menos em termos do fôlego obtido.
Panela de pressão dos cortes
Enquanto o G20 cria um clima de “pausa" na política, silenciosamente se amplia a tendência de alarme - e questionamentos - quanto às pressões inflacionárias e o cenário econômico em 2025. O resultado? O governo já sairá do evento sob forte cobrança para o anúncio do pacote de corte de gastos, que Haddad volta a dizer que está pronto. O gargalo, agora, seria apenas com a Defesa.
Indicadores
Ainda tem o Destaque
para a decisão sobre a Taxa Preferencial de Empréstimo na China e para o IPC de outubro na zona do Euro.
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