Em uma escola de Indaiatuba, no interior de São Paulo, crianças de 11 anos gritaram na sala de aula, na segunda-feira após o segundo turno, que pais de colegas que haviam votado em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “morreriam a pauladas”. Um garoto já havia levado um soco durante o primeiro turno por discussão partidária. “Tenho muito medo de fazerem algo com meu filho”, disse a mãe dele, que pediu para não ser identificada. Ao procurar a escola, ela escutou que o agressor recebeu uma advertência e que “os professores tinham sido orientados a não falar de política”.
A advogada Alessandra Lacerda, que mora no Rio Grande do Norte, afirmou que a filha, de 8 anos, teve discussões na escola sobre preferência de candidatos. “Disse para não mais falar disso fora de casa, nem Lula nem Bolsonaro. A gente está vivendo um momento perigoso.”
Segundo especialistas, a punição em casos de agressão ou evitar o assunto não ajudam a mudar concepções das crianças nem a melhorar o cenário. “Sou contra a ideia de que política, futebol e religião não se discutem. Política se discute, sim, e desde cedo”, disse o diretor de Políticas e Direitos do Instituto Alana, organização que trabalha na defesa da infância, Pedro Hartung. Há abordagens e materiais para cada idade sobre esses assuntos. “Quanto mais diversidade e repertório, melhor será o desenvolvimento da criança.”
Alteridade
A psicanalista e doutora em Educação Ilana Katz destacou que as crianças “vivem no mesmo mundo que nós e não podem ser blindadas das nossas experiências”. Ela também vê a educação como peça fundamental nesse momento de ruptura. “A escola, como o lugar da experiência com o outro, precisa ser radicalmente contrária a movimentos abusivos, violentos, e fazer tudo para começar a reconstruir a experiência de alteridade.”
Na noite do resultado do segundo turno das eleições, alunos do Colégio Porto Seguro, em Valinhos, interior paulista, protagonizaram um episódio de racismo, denunciado pela mãe da vítima nas redes sociais e na polícia. Cerca de 30 adolescentes criaram um grupo chamado “Fundação antipetismo” e alguns passaram a proferir ofensas racistas ao colega negro, que havia declarado sua preferência por Lula.
“Já tinham ocorrido outros episódios de racismo, mas a eleição acabou despertando esse discurso de ódio”, disse a advogada Thais Cremasco, mãe de Antônio, de 15 anos, que sofreu as agressões. O Porto Seguro disse que repudia “toda e qualquer forma de discriminação e preconceito” e que “aplicou aos alunos envolvidos as sanções disciplinares”, inclusive “desligamento imediato”.
Em Curitiba, centenas de estudantes xingaram o presidente eleito em uma manifestação que rejeitava o resultado das urnas, no pátio do Colégio Marista Santa Maria. A escola informou que “repudia quaisquer atitudes ou comportamentos que incitem todos os tipos de violência, seja ela simbólica, verbal, psicológica ou física”.
Em uma escola particular da zona oeste de São Paulo, por sua vez, pais reclamaram da situação oposta: os filhos foram constrangidos por não declarar apoio a Lula.
Mediação
Para a diretora do Instituto Península, Heloisa Morel, o País precisa se dedicar a formar os professores para serem os mediadores desse diálogo. “A eleição acabou, agora a escola tem a oportunidade formativa de sair do campo da batalha, explicar conceitos, acolher as diversidades”, afirmou.
”A escola é o espaço ideal para fazer isso sem paixões e, sim, com conhecimento”, disse Ilana. Para ela, a reconstrução da sociedade vai se dar junto com as crianças. “As crianças estão com a gente nesse fundo do poço. O mais importante é criar um movimento de abertura, que inclua a experiência com o outro, para que, juntos, possamos inventar soluções.”
Orientações
Escolas
Professores não devem deixar de falar sobre política, processos democráticos, representatividade e eleições. Isso deve ser feito, se possível, de maneira curricular.
Pais
Devem entender que é função da escola ensinar para convivência em sociedade, ética, valores para a democracia, para a diversidade, e que isso não quer dizer doutrinação.
Adolescentes
Precisam de ambientes de escuta, debates e pesquisas sobre seus argumentos para mudar concepções violentas ou antidemocráticas.
Punição
Não resolve os conflitos.
Estudantes
Precisam aprender sobre ganhar e perder. Quem perdeu não pode ser tratado como “resto” ou “sem valor”.
Adultos
Não devem tratar eleições como se fosse briga de futebol. É preciso explicar às crianças quais as razões para as escolhas de cada família.
Sociedade
Não deve esperar apenas dos eleitos um gesto de união. Cada cidadão precisa dar um passo nesse processo em relação ao outro.
Diálogo
É preciso achar pontos de união com quem votou no adversário, em vez de olhar só para o que os separa.
Polarização avança em escolas, vira briga entre alunos e preocupa educadores.
...Episódios de ofensas, agressões e racismo envolvendo estudantes surgiram em diversas escolas particulares pelo País na semana passada, logo após o resultado da eleição presidencial. A fratura na sociedade evidenciada nos últimos meses atinge também crianças e adolescentes, de todas as idades. E chega ao espaço que deveria ser o de aprendizagem da vivência em sociedade e de fortalecimento dos valores democráticos. Para especialistas, os educadores não só não podem ficar omissos como são fundamentais para a reconstrução desse Brasil dividido. Infelizmente por classes (A e B) Má distribuição de renda e devastações dos cofres públicos (País/Brasil/População) Infelizmente convivemos em uma sociedade conservadora e hipócrita! Precisamos correr e salvar nossas vidas: (Crianças, Jovens e Adolescentes) ambos são o futuro próximo do nosso País/Brasil! jornalista/repórter "Drt. 33689-1rj" meu nome é: Rubenn Dean Paul Alws "Petrópolis, Rio de Janeiro" Brasil! Sejamos Pensantes em tudo nos dias de hoje! Vamos usar a nossa mente!...
É uma matéria com algumas observações:
Quanto a Folha de São Paulo e outros veículos de comunicação, está levando ódio para todos os lugares do Brasil, independente de alguns fatos... o problema é que o Brasil é dividido em dois (Classe A e Classe B), ambas as classe estão se degradando por fulano e beltrano (Luís Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro) meu Deus, quem ganhou, pronto, acabou, vamos orar para que seja feito o melhor para o Brasil/População, essa tem que ser a nossa verdadeira intenção... agora a Rede Globo, Folha de São Paulo e outros veículos, ficarem veiculando ódio pelo país a fora, discordo totalmente... convivemos, visualizamos o poder de uma sociedade conservadora e hipócrita, que ditam regras, tem a caneta nas mãos, porém faz o contrário e se beneficiam com a desgraças das Pessoas de bem, não falo de condições econômica, falo de pessoas, somos todos iguais, todos nós temos o poder de pensar e escolher quem nós queremos, seja um ou dois, isso não importa... vida que segue! Agora, quando se trata de má distribuição de renda e devastações dos cofres públicos, já é outro assunto, diga-se de passagem, que é de suma importância a má distribuição de renda no Brasil! Essa sociedade conservadora e hipócrita, sobrevive dos menos favorecidos, além de ganhar muito dinheiro em cima dos: miseráveis, pobres, analfabetos, favelas/comunidades, doentes, sem tetos e outros problemas criados pelos mesmos que administram esse País/Brasil/População, incluindo a mídia. Meu Deus até quando viveremos, visualizarmos esse descaso por parte do Governo e da Mídia, que deveriam fazer um trabalho diferenciado, postando a verdade da verdade e não querer impor o que chamamos de troca de favores politicamente falando! Discordo totalmente dessa entrada nas escolas, impedindo que as Crianças, Jovens e Adolescentes, pensem e se preparem para um futuro próximo, inclusive, tomar o lugar desses tais que se reelegeu, se candidatam para desfilar nas plenárias do País/Brasil/População, distribuídos pelos Estados e Municípios! Pelo amor de Deus, vamos salvar nossas Escolas (Crianças, Jovens e Adolescentes) Temos que correr contra o tempo! Sim, verdade, estamos nos finais dos finais (Biblicamente falando), está nas Escrituras Sagradas... ainda que não creiamos em Deus, O CRIADOR DOS CÉUS E TERRA, ainda que tenhamos outras religiões. DEUS, O TODO PODEROSO EXISTE E VIRÁ PARA JULGAR A TODOS NÓS! Precisamos trabalhar com a cabeça (USA A MENTE) sejamos pensantes em tudo nos dias de hoje! Minha Opinião: Meu nome é: Rubenn Dean Paul Alws "Petrópolis, Rio de Janeiro" Brasil!