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Rio de Janeiro, 10 de Agosto de 2011
Governo investe no desenvolvimento da Região Metropolitana do Rio
Estado receberá US$ 485 milhões do Banco Mundial para aplicar em projetos de gestão
O governador Sérgio Cabral assinou ontem convênio com o Banco Mundial que formaliza o empréstimo de US$ 485 milhões para aplicação em projetos de gestão na Região Metropolitana.
O montante vem da linha de crédito Development Policy Loan – Empréstimo para Políticas de Desenvolvimento, que leva em conta sistemas de gestão e de organização da máquina pública como critério para liberar o dinheiro e não exige contrapartida. Parte dos recursos também será empregada na Região Serrana, nas áreas de desenvolvimento urbano, infraestrutura, saneamento, habitação e transporte.
Grandes obras e transferência de renda
Durante a cerimônia, ao lado do diretor do Banco Mundial, Makhtar Diop, o governador destacou os grandes empreendimentos que estão em desenvolvimento no estado, como o crescimento do Distrito Industrial de Queimados, o Comperj e o Arco Metropolitano, além dos projetos de transferência de renda.
– Já lançamos o programa Renda Melhor em Japeri, Belford Roxo e em São Gonçalo. São R$ 230 milhões que, somados aos R$ 300 milhões do Bilhete Único, totalizam R$ 530 milhões anualmente em distribuição de renda em todo o estado – afirmou Cabral.
Rio Metrópole
As ações que serão implementadas na Região Metropolitana com financiamento do Banco Mundial começaram a ser desenhadas no seminário Rio Metrópole, realizado em maio, quando foram debatidas diversas frentes para o desenvolvimento dos municípios, como a implantação do Bilhete Único intermunicipal.
A Região Metropolitana do Rio é composta por 19 municípios, com uma área de cerca de 5 mil quilômetros quadrados, que correspondem a 12% do território fluminense. São 11,5 milhões de habitantes – 72% do total da população do estado. O PIB é de R$ 169 bilhões, 59% do estado. Das dez cidades que mais arrecadam no Rio, seis estão na Região Metropolitana.
Região terá plano diretor específico
Segundo o subsecretário de Urbanismo da Secretaria de Obras, Vicente Loureiro, 60% dos recursos serão liberados imediatamente, enquanto o restante será entregue após o Estado cumprir ações que serão medidas por melhorias em indicadores como, por exemplo, aumento da situação de terrenos regularizados, disponibilização de terrenos públicos para unidades de habitação, aperfeiçoamento do sistema de transportes, entre outras.
Modelo de gestão será desenvolvido
– Vamos precisar desenvolver um modelo de gestão. Também estamos negociando a execução de um plano diretor para a Região Metropolitana, para que possamos ter uma diretriz, uma meta a perseguir, e não fiquemos ao sabor dos planos setoriais – disse Loureiro.
Segundo o subsecretário, o objetivo é desenvolver um plano geral, que reúna todas as áreas e dê tratamento às tendências e aos caminhos da metrópole.
Para desenvolver o plano, o Governo do Estado contraiu um segundo empréstimo, no valor US$ 44 milhões, para dar assistência técnica, contratar consultorias e até mesmo realizar um concurso internacional de modelagem para metrópoles.
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