principal causa do câncer de útero
Governador sanciona projeto dos deputados Bernardo Rossi e Rafael Picciani
Mulheres fluminenses - população estimada em 7 milhões - são o foco do Programa Estadual de Vacinação contra o HPV (Human Papiloma Virus) a principal causa do câncer de útero – 137 mil registrados em todo o país, sendo mais de 18 mil novos casos por ano. O programa foi sancionado pelo governador Sérgio Cabral (publicado no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira – 10/11), lei proposta pelos deputados estaduais Bernardo Rossi e Rafael Picciani, ambos do PMDB. Ainda não existe um programa nacional de imunização pelo SUS e alguns cidades fazem, isoladamente, programas de vacinação. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), não existe ainda informações sobre um programa de vacinação contra o HPV em escala estadual no país.
Para os autores da lei, a vacinação gratuita vem se somar aos exames preventivos no combate ao câncer de útero. A vacina é encontrada na rede particular, mas são necessárias três doses e a imunização consome cerca de R$ 900. “É mais um investimento em prevenção do que um gasto. O tratamento da doença é mais caro e infinitamente mais doloroso, desestrutura famílias e causa pelo menos cinco mil mortes por ano no país”, afirma Bernardo Rossi. “Essa medida representa um avanço para a saúde das mulheres e também dos homens. O acesso gratuito à vacina vai impedir que as mulheres deixem de se prevenir”, completa Rafael Picciani.
O vírus HPV é transmitido por contato sexual e vem sendo considerado a principal causa do câncer do colo de útero. A infecção por HPV atinge cerca de 630 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Estudos do (Inca) mostram que são estimados 18.430 novos casos da doença e 4.800 mortes por ano em todo o país. Na maior parte dos casos não há sintomas. Quando ocorrem, eles são caracterizados por verrugas ou manchas brancas na área genital. O exame principal para a detecção da doença nas mulheres é o papanicolau.O programa, além de disponibilizar a vacina na rede pública de saúde, prevê ainda em conjunto com outros órgãos estaduais, como a Secretaria estadual de Educação, a promoção de campanhas educativas e que incentivem a população a se imunizar. “A informação vai ser fundamental para o programa se bem desenvolvido. Por isso, o Estado vai promover ampla divulgação para conscientizar e mobilizar as mulheres”, afirma Bernardo Rossi. O parlamentar ressalta ainda o apoio incondicional da bancada feminina da Alerj, formada por 13 parlamentares. “Independente de questões partidárias, as deputadas abraçaram o projeto propondo ajustes e emendas e viabilizando sua aprovação”.
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