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Marcus Vinícius e Bernardo.
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  • Reconstrução da Serra: governo do Estado trabalha sozinho
    Estado finaliza mais duas licitações na sexta-feira
    para construção de 180 casas

    A não participação dos municípios atingidos pelas chuvas de 2011 na
    reconstrução dos locais atingidos foi a tônica da reunião desta
    quarta-feira (16.05) da Comissão de Representação na Assembleia
    Legislativa do Estado do Rio (Alerj). Deputados que integraram a CPI
    das Chuvas e que agora participam da Comissão que acompanha os
    investimentos públicos nas cidades, ouviram o sub-secretário estadual
    de Urbanismo, Vicente Loureiro.
    Petrópolis, além do início das obras de 140 apartamento na Mosela até
    o final do mês vai conhecer, dia 18, as empresas vencedoras de mais
    duas licitações para a construção de 120 casas em Benfica e outras 60
    no Vale do Cuiabá.  Também já foi desapropriada uma segunda área no
    Vale do Cuiabá onde serão construídas 128 casas e está em fase de
    estudos a desapropriação de outra área, em Itaipava, onde ficarão 480
    unidades. Na segunda-feira (14.05), o governo do Estado declarou de
    utilidade pública para fins de desapropriação uma sexta área de mais
    de 6 mil metros quadrados no Vale da Boa Esperança.
    - Temos um apagão do poder público municipal", define o deputado
    Marcus Vinícius (PTB).  "O governo do Estado está fazendo sozinho o
    que deveria ter a participação dos municípios, desde a captação de
    áreas, sua desapropriação e infraestrutura de terrenos e a construção
    de casas", completa Bernardo Rossi (PMDB).
    O governo estadual aumentou o valor dos imóveis a serem construídos -
    R$ 63 mil - e mudou os parâmetros de construção, o que possibilitou
    maior interesse das empresas em participar das licitações. Friburgo é
    o município com andamento mais célere, com a previsão de entrega de
    500 unidades até o final do ano. Petrópolis, no entanto, já tem
    licitada - e as obras iniciam no final do mês - empresa para a
    construção de 140 apartamentos na Mosela.
    Além do Vale da Boa Esperança, o governo do Estado identificou outra
    área, em Benfica, que está sendo desapropriada.  No total, o governo
    do Estado vai erguer 1.500 casas em seis terrenos. "A contrapartida
    dos municípios é zero", aponta Vicente Loureiro.
    - Ainda há os desabrigados de desastres anteriores. Não existe uma
    política habitacional em Petrópolis e nenhum esforço nesse sentido.
    Foi preciso que vereadores garantissem R$ 3,4 milhões por emenda no
    orçamento deste ano porque a prefeitura não previu verbas", afrma
    Bernardo Rossi.
    Para Marcus Vinícius, o parlamento teve participação decisiva ao
    apresentar emenda apontando o destino de R$ 35 milhões do orçamento
    estadual 2012 que garantiu o aluguel social para 7.367 famílias na
    Região Serrana. Em Petrópolis, 876 família  recebem o benefício. "Essa
    é uma medida emergencial que não pode ser perpetuada", afirma.


    Comissão propõe grupo específico para a reconstrução

    A Comissão de Representação da Alerj vai propor ao Governo do estado a
    criação de um grupo específico para cuidar da reconstrução dos sete
    municípios afetados pelas chuvas de 2011. O presidente da comissão,
    deputado Luiz Paulo (PSDB) pretende ouvir os responsáveis de cada uma
    das pastas envolvidas. "Essa será uma proposta. Nós já ouvimos o
    secretário de Habitação e o secretário de Assistência Social. Queremos
    ouvir, ainda, os responsáveis pelo Departamento de Estradas e Rodagens
    (DER), que faz estradas e pontes, a Emop, que tem que produzir as
    obras de contenção de encostas e as pontes nos municípios e também a
    Secretaria do Ambiente, que cuida da dragagem dos rios e do
    reassentamento dos imóveis que estão dentro dos rios. Ainda queremos
    ouvir o Secretario de Defesa Civil, que tem uma parte preponderante e
    importante nesse processo. Então depois de ouvirmos esses atores, nós
    apresentaremos uma proposta para termos um grupo executivo para cuidar
    só disso", pontuou o parlamentar.
    De acordo com Vicente Loureiro, as questões ambientais e geológicas
    impediram que as datas fossem seguidas da maneira anunciada em agosto
    do ano passado. "Em primeiro lugar, as desapropriações não ocorreram
    da maneira como esperávamos. Foram documentos que não diziam a
    realidade dos terrenos, além de problemas de avaliação. Outro problema
    foi o modelo de chamamento público, que nas cidades menores não
    atraíram tantas empresas. Nós tivemos que fazer um segundo chamamento.
    Outro motivo foi as restrições ambientais, como instabilidade das
    encostas, da faixa marginal de proteção etc. Tivemos que ter muita
    atenção com esses detalhes", explicou Loureiro.

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