Dep . Est .
Bernardo Rossi

Criada para abrigar vítimas das chuvas, Vila Rica ainda está longe,
depois de 22 anos, de ser uma comunidade urbanizada, aponta Bernardo
Rossi

Nascida de um assentamento popular para acolher desabrigados das
chuvas de 1988, a Vila Rica, em Pedro do Rio, saltou de 540 casas
iniciais, entregues em maio de 1990, para mais de oito mil moradores.
A urbanização total da área ainda não foi executada assim como há
deficiência no transporte e saneamento. Os problemas da comunidade
foram mostrados pelos moradores a Bernardo Rossi, candidato a prefeito
pela coligação "Juntos para Mudar Petrópolis" (PMDB, PP, PTB, PSC,
PSDB, PPS, PRTB, PSL e PRB), neste final de semana.
O asfaltamento chegou apenas às ruas principais. As travessas são
todas de chão batido e sem drenagem. "Uma parcela expressiva da
comunidade foi surgindo sem controle governamental ainda que a
urbanização completa dos lotes iniciais não tivesse sido concluída. O
saneamento, com esgoto sendo concentrado num grande valão e a
conclusão das ruas são as intervenções emergenciais, mas ainda há
necessidade de muitas melhorias, principalmente nas ruas que não foram
projetadas e acabaram surgindo após o assentamento. Hoje, o bairro é
limpo, com ruas cuidadas graças à conscientização dos próprios
moradores. O que eles precisam agora é de estrutura", afirma Bernardo
Rossi.
O adensamento de determinados bairros e regiões foi provocado pelas
chuvas de 1988, a grande tragédia da cidade, que impulsinou o
crescimento de locais como Vila Rica. "A comunidade foi instalada nas
margens da BR-040, entre Itaipava e Pedro do Rio, no meio do nada.
Hoje, ainda sofre com transporte, porque está distante dos grandes
centros, seja de Itaipava ou de Petrópolis. Uma única escola, a Santa
Terezinha, com ensino fundamental, não é suficiente para toda a
demanda e os alunos que ingressam no ensino médio também precisam de
grandes deslocamentos para estudar", completa Bernardo Rossi.
Maria da Glória, Tuane e Marcelo de Melo formam uma família que mora
há 22 anos no local e convive com a falta de drenagem e pavimentação
das ruas. "São obras relativamente simples, mas que não podemos fazer
sozinhos. São dezenas de travessas na mesma situação e isso dá volume
à intervenção que é uma reivindicação de todos", afirma Marcelo, que é
promotor de vendas.
A arrumadeira Ana Lúcia Soares, 53 anos e há 20 morando no local,
reclama ainda da coleta de lixo e infestação de ratos. "Tem épocas que
o caminhão de coleta simplesmente some. As caçambas não dão conta e
nem há como guardar o lixo em casa", aponta. Eleitora de Bernardo
Rossi como vereador e como deputado estadual, Ana Lúcia aposta no
candidato para melhorar o bairro. "O Bernardo nunca deixou de vir à
comunidade e tenho certeza que vai ajudar a termos uma vida melhor. A
comunidade é muito boa, falta é atenção do governo", relata. A
ausência de opções de lazer também é apontada como um problema. A área
comum a todos os moradores são duas quadras, ambas descobertas. "Nos
finais de semana a garotada fica sem ter o que fazer", completa Ana
Lúcia