Bernardo Rossi propõe união da Alerj, governo e Firjan para investimentos imediatos em rodovias federais que prejudicam a economia fluminense

DEPUTADO ESTADUAL .
Bernardo Rossi propõe união da Alerj, governo e Firjan para
investimentos imediatos em rodovias federais que prejudicam a economia
fluminense
Serra de Petrópolis é o caso mais grave de prejuízos que pesquisa da
Firjan: R$ 1,6 bilhão

O deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB) quer a união entre o
parlamento, o governo estadual e a Federação das Indústrias do Estado
do Rio (Firjan) para pressionar o governo federal a iniciar
imediatamente - com a atual ou uma nova concessionária - a duplicação
da pista de subida da Serra. Pesquisa divulgada nesta terça-feira
(15.01) pela Firjan mostra que em nove anos, os prejuízos em acidentes
na Rio-Petrópolis-Juiz de Fora, Via Dutra e Ponte Rio Niterói,
principais gargalos na malha rodoviária do Estado, vão alcançar R$ 2,6
bilhões. Só o trecho de 21 quilômetros da Serra de Petrópolis tem o
maior peso na projeção de prejuízos: R$ 1,6 bilhão.

- Deste total, a maior responsável pelos prejuízos, nas projeções até
2020, será justamente a Serra de Petrópolis. O trecho de pouco mais de
20 quilômetros vai ser o principal vilão para o entrave da economia
fluminense. Estamos propondo à Firjan, união com Assembleia
Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e o governador Sérgio Cabral para
cobrar que a obra, que deveria estar pronta em 2006, seja iniciada de
imediato ainda que haja necessidade de rescisão de contrato com a
Concer, a atual administradora da via", afirma Bernardo Rossi.

A pesquisa, da gerência de Competitividade Industrial e Investimentos
da Firjan, mostra que apenas este ano e somente no trecho da Serra de
Petrópolis, o prejuízo alcançará R$ 60 milhões. "As três rodovias
pesquisadas como gargalos são concessões federais, por isso, estamos
levando a proposta à Firjan, por intermédio do gerente de
Competitividade, Cristiano Prado, a iniciativa do parlamento, governo
e a instituição que representa a indústria fluminense, de cobrança
contundente de melhorias nessas vias", aponta Bernardo Rossi. O
deputado mostra ainda que governo do Estado, até 2014, terá investido
mais de R$ 3 bilhões em malha viária, mas terá sua economia freada -
com reflexos em Minas, que também depende diretamente da BR-040 - por
conta de concessões federais que descumprem contratos. É isso que
estamos cobrando do governo federal: cumprimento das normas
estabelecidas contratualmente que deem segurança e conforto aos
usuários", afirma Bernardo Rossi.

Em três anos, 58 das 164 mortes registradas nos 180 quilômetros da
Rio-Petrópolis-Juiz de Fora ocorreram na Serra da Cidade Imperial. A
projeção é de 96% no aumento de mortes até 2020. "Além dos prejuízos
financeiros, vivemos o drama humano, das perdas que não podem ser
reparadas, mas que poderiam ser evitadas com mais segurança", aponta.
Bernardo Rossi lembra ainda que o governo federal já assinalou que não
pretende renovar concessões firmadas nos anos 90, como é o caso das
três que fazem parte da pesquisa Firjan. O contrato da Ponte
Rio-Niterói vence em 2015, e a licença da  Via Dutra, expira em 2021.
Ambas as rodovias são administradas pela concessionária CCR. Já o
contrato com a Concer, que administra a Rio-Petrópolis-Juiz de Fora,
expira em fevereiro de 2021.

- Em dezembro, consegui a adesão de 59 deputados estaduais em uma
carta à presidente Dilma Rousseff em que expomos o drama da Serra de
Petrópolis, em particular, e que pedimos audiência para tratar do
assunto e ter um compromisso explícito da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) de reverter de imediato a situação.
Queremos engrossar esse pedido com apresentação de pesquisa da
Federação e apoio do governador Sérgio Cabral com base nos dados que
fream a economia fluminense", afirma Bernardo Rossi.

jornalista
rubenn dean
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