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Cabral vai propor que 30% de fundo vão para gratificação a bombeiros

Governador envia mensagem à Alerj nesta segunda-feira (13/06).
Protesto por anistia a bombeiros reuniu 27 mil em Copacabana, diz PM.


O governador Sérgio Cabral vai enviar na segunda-feira (13) mensagem à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) modificando a destinação dos recursos do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) para que 30% deles sejam utilizados para pagamento de gratificações aos bombeiros. As informações foram divulgadas pela assessoria do governo na noite deste domingo (12).
 
Os restantes 70% serão utilizados para manutenção e aquisição de equipamentos e treinamento de pessoal necessários ao trabalho de Defesa Civil, bem como assistência médico-hospitalar e assistência social do Corpo de Bombeiros.  Em 2010, o fundo arrecadou cerca de R$ 110 milhões. A Lei 4780/06 será revogada.
 
Na última quinta-feira (9), Cabral anunciou a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil e enviou à Alerj uma mensagem antecipando de dezembro para julho os seis meses de reajustes salariais para bombeiros, policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários. O reajuste para as categorias será de 5,58%, um impacto de R$ 323 milhões no caixa do estado. Somados aos reajustes de janeiro a junho deste ano, as categorias passam a acumular 11,5% de aumento salarial em 2011, informou o governo. 
 
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Protesto de bombeiros reúne milhares de pessoas em Copacabana
O protesto dos bombeiros realizado na orla Copacabana, na Zona Sul do Rio, neste domingo (12), atingiu a marca de 27 mil participantes, de acordo com informações da tenente-coronel Claudia Lovain, comandante do 19º BPM (Copacabana). Ainda segundo a comandante da PM, 150 policiais trabalharam no policiamento, espalhados ao longo da orla, mas não houve registro de confusão no evento.

Milhares de pessoas compareceram à manifestação para apoiar os bombeiros, que pedem melhores salários e anistia dos agentes que haviam sido presos. Os integrantes da corporação também aproveitaram o evento para agradecer o apoio da população.
"A passeata superou todas as expectativas, é indescritível. Nunca vimos nada assim. A partir de amanhã (segunda-feira, 13) vamos começar a conversar, para decidir os próximos passos", disse o capitão do Corpo de Bombeiros, Lauro Botto.
"Amanhã, às 10h30, estaremos na Alerj para uma reunião com o deputado Freixo. Através dele, vamos tentar chegar ao Paulo Melo para que ele tente um contato entre nós e o governador Sérgio Cabral", explicou o cabo Benevenuto Daciolo. Segundo ele, todos os bombeiros que estavam presos foram libertados até a noite de sábado (11).
A marcha dos bombeiros durou cerca de 3h. Os manifestantes chegaram ao Posto 6 da Orla de Copacabana por volta das 14h30, onde cantaram o hino nacional.
Moradores apoiam os bombeiros
"Eles são nossos heróis, tínhamos que estar aqui", diz a dona de casa Hyna Carvalho, acompanhada do marido e da filha. Muitos moradores da orla de Copacabana atenderam aos pedidos dos bombeiros e penduraram bandeiras vermelhas em suas janelas.
"Eu tenho um primo que é bombeiro no Sul do Brasil. Vim representando ele, era minha obrigação. É muita emoção participar de um ato desses", contou a aposentada Zuleide Gomes.
Bombeiros amigos se encontram na passeata (Foto: Lilian Quaino/G1)

O sargento Erik, do Centro de Suprimentos e Manutenção dos bombeiros, encontrou na passeata o amigo sargento Marcio Ferreira, do mesmo batalhão. Márcio estava preso no quartel de Charitas, em Niterói. Na emoção do encontro, Erik mostrou um adereço: um falso braço amputado. Ele explicou: "Podem amputar a mão do bombeiro, mas seu coração continuará batendo", disse ele.
O bombeiro argentino Mathias Montecchia chegou há uma semana no Rio para apoiar os bombeiros durante os últimos protestos. Exibindo seu contracheque, ele conta que ganha 7 mil pesos em seu país, o que equivale a cerca de R$ 2.700. "Eu vim apoiar, não é possível um herói ganhar o que eles ganham. Na Argentina eu ganho muito mais", disse.

No sábado (11), mais de 400 bombeiros foram libertados do quartel de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e foram recebidos por amigos e familiares na Assembleia Legislativa do Estado do Rio, no Centro da cidade.

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