RIO DE JANEIRO. MATÉRIA.

Rio amplia a capacidade de realizar exame antidoping


O Laboratório de Controle de Dopagem (Labdop) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) prepara-se para ampliar a capacidade de trabalho durante as Olimpíadas. O espaço é a única instituição brasileira credenciada pela Wada (Agência Mundial Antidoping) para realizar exames antidoping. A meta é fazer até 6,5 mil testes nas três semanas do evento, número que suplanta a média anual, atualmente em 4,5 mil.

Para Roberto Dória, chefe de Gabinete da Presidência da Faperj(Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, o Labdop é um exemplo de sucesso no Rio.

– É emblemático contarmos com um laboratório do nível do Labdop, que é um centro de excelência em metodologias de análise química e de produção científica – afirmou Dória.

Copa de 2014 servirá de prévia para o trabalho

Segundo o pesquisador Francisco Radler de Aquino Neto, diretor do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ, que integra o Labdop, os Jogos Olímpicos vão exigir uma capacidade de atendimento dez vezes maior do que o normal.

– Nossa previsão é receber 5 mil amostras de urina e 1,5 mil de sangue. Será preciso adquirir equipamentos, desenvolver técnicas científicas que agilizem a análise das amostras dos atletas e, pelo menos, duplicar o número de profissionais qualificados. Começamos a nos preparar agora e contamos com o apoio do Ministério dos Esportes – explicou Radler, que integra o programa Cientista do Nosso Estado, iniciativa da Faperj.

O pesquisador acredita que a Copa de 2014 servirá como uma prévia para o trabalho, já que o número de atletas envolvidos na competição é menor.

– A responsabilidade na Copa será enorme, mas o número de atletas é menor. Serão colhidos e analisados materiais de dois jogadores por time, ou seja, quatro amostras por jogo – disse Radler.

JORNALISTA
RUBENN DEAN
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