REPÓRTER . RUBENN DEAN MAT . 33.689-1RJ
Ministério da Saúde lança campanha de vacinação contra a gripe
O público-alvo é de 39,2
milhões de pessoas. A meta é vacinar, pelo menos, 80% deste grupo.
Serão enviadas aos estados e munícipios cerca de 43 milhões de doses da
vacina
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou o lançamento da 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, que neste ano vai ser realizada entre 15 a 26 de abril, sendo 20 o dia de mobilização nacional. Na campanha, serão vacinados os integrantes do grupo prioritário, formado por pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além dos doentes crônicos, que este ano terão o acesso ampliado a todos os postos de saúde e não apenas aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs).
O público-alvo representa aproximadamente 39,2 milhões de pessoas. A
meta do Ministério da Saúde é vacinar 31,3 milhões de brasileiros, o
que equivale a 80% do público-alvo. A campanha irá contar com 65 mil
postos de vacinação e envolvimento de 240 mil pessoas, com a utilização
de 27 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais. A ação é uma
parceria entre as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS)
- Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde.
Serão distribuídas cerca de 43 milhões de doses da vacina, que
protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no
inverno passado (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Para apoiar as ações de
mobilização da população e de preparação das equipes de saúde da
família, o Ministério da Saúde está enviando aos estados e municípiosR$
24, 7 milhões, recursos que serão repassados do Fundo Nacional de Saúde
aos fundos estaduais e municipais.
Durante a apresentação da campanha, o ministro fez um apelo para
que todos os integrantes do grupo prioritário se vacinem. “É importante
que estas pessoas, comdoenças cardíacas, pulmonares, obesos,
transplantados renais ou que tenham alguma doença crônica associada,
procurem os postos de vacinação e levem a prescrição”, explicou Padilha.
O ministro ressaltou ainda que neste ano, o Ministério da Saúde
decidiu incluir também as mulheres em puerpério (45 dias após o parto)
porque este grupo apresenta as mesmas condições de saúde das gestantes e
também pelo fato de que, na amamentação, a vacina ajuda a proteger o
bebê.
PRESCRIÇÃO - Os doentes crônicos precisam
apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes já
cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS,
deverão se dirigir aos postos em que estão cadastrados para receberem a
vacina. Se na unidade de saúde onde são atendidos regularmente não
existir um posto de vacinação, os pacientes devem solicitar prescrição
médica na próxima consulta.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que a
vacina é segura é a melhor arma para impedir doenças graves, internações
ou mesmo óbitos por influenza. Segundo ele, durante os 60 anos que tem
sido usada no mundo, esta vacina gerou conhecimento e segurança para os
grupos indicados. “É mito aquela história de que a vacina pode causar
gripe. O vírus usado é inativado, portanto não há transmissão da gripe
pela vacina. As vezes, a pessoa já estava como vírus em incubação, já
que existem vários outros circulando com quadro parecido, como o
resfriado, que não é protegido pela vacina. Ela pode ter tido contato
com alguém com resfriado”, ressaltou Barbosa.
O secretário explicou que não existe ainda uma vacina capaz de
eliminar a transmissão da influenza, já que o vírus é mutável e tem
muitos subtipos. “A influenza não é uma doença eliminável por vacina e
nenhum país do mundo conseguiu isso. Na grande maioria, os casos são
leves, mas em alguns grupos vulneráveis, podem ocorrer complicações,
gerando outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana. O objetivo
da campanha não é eliminar a doença, mas prevenir e reduzir os casos
graves e as internações e as mortes.
CAMPANHA- No lançamento da Campanha de vacinação
contra a gripe de 2013, o Ministério da Saúde também fará uma ampla
divulgação das medidas de prevenção que as pessoas devem adotar para
evitar a gripe, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar contato
com pessoas doentes e aglomerações, se estiver com sintomas dagripe,
além de proteger a tosse e o espirro com lenços descartáveis.
Também é importante lembrar que mesmo pessoas vacinadas, ao
apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de
grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente,
o médico. A medida tem como objetivo possibilitar ao médico avaliar a
necessidade de prescrever os antivirais específicos para a gripe,
disponíveis de forma gratuita nas unidades da rede pública.
Os médicos também receberão informações sobre a necessidade de
prescrever esses antivirais em determinadas situações, de acordo com o
protocolo de tratamento da influenza, produzido pelo Ministério da
Saúde. A vacina é um mecanismo importante para evitar casos graves e
óbitos por gripe nos grupos mais vulneráveis.
BALANÇO - Na campanha do ano passado, 26 milhões
de pessoas foram vacinadas o que representa 86,3% da população-alvo. O
índice superou a meta de 80% prevista. Estudos demonstram que a
vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por
pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. O
objetivo da vacinação é contribuir para a redução das complicações,
internações e óbitos provocados por infecções da gripe.
jornalista
rubenn dean
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