REPÓRTER RUBENN DEAN PAUL ALWS . MAT. 33.689-1RJ
Alerta à população no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial
Alerta à população no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial
Celebrado
e 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão
Arterial serve como alerta para a população sobre os perigos causados
pela doença. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) conscientiza
sobre a hipertensão arterial, considerada uma enfermidade silenciosa,
que com o passar dos anos, se não tratada, pode causar danos
irreparáveis à saúde e ao bem estar físico, sendo motivo frequente de
causas de morte, como o infarto, acidente vascular cerebral e
insuficiência renal.
A
hipertensão arterial é definida como uma condição clínica quando o
nível de pressão, particularmente da pressão arterial mínima, apresenta
permanentemente elevação. “Toda a vez que medimos os níveis da pressão
arterial, há a medida da pressão máxima e da pressão mínima, como por
exemplo: 12 x 8, 13 x 9, 14 x 10. O que significa isto: o primeiro valor
(pressão máxima) está relacionado com a força de contração do coração
(ventrículo esquerdo) para impulsionar o sangue, visando nutrir todos os
órgãos e tecidos do corpo humano. O segundo valor (pressão mínima) diz
respeito ao que se denomina de resistência periférica, ou seja, a força
mecânica que o sangue deve vencer ao nível dos pequenos ramos arteriais
dos órgãos e tecidos (arteríolas) para poder nutrir adequadamente os
tecidos. O ideal de pressão é 12 x 8”, afirma o patologista Marcello
Fabiano de Franco, da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).
A
hipertensão arterial está diretamente relacionada ao aumento da pressão
mínima, quando os pequenos ramos arteriais nos órgãos e tecidos estão
contraídos, obstruídos ou lesados, dificultando a passagem do sangue e,
portanto, impedindo a nutrição adequada dos tecidos.
O
aumento da resistência periférica e o estado de hipertensão arterial
podem ocorrer sem uma causa conhecida (hipertensão arterial primária ou
idiopática) ou acontecer devido a uma doença que pode causar hipertensão
arterial, como a doença renal crônica, estenose das artérias renais,
tumores da glândula adrenal, entre outras condições (hipertensão
arterial secundária).
“A grande maioria dos casos de hipertensão arterial é de natureza primária, sem causa conhecida. Portanto,
a hipertensão arterial é considerada doença que deve ser tratada na
fase inicial. Sem dúvida, as elevadas taxas de incidência dessa doença
no Brasil, cerca de 30% da população, constituem grave problema de saúde
pública, que tem atraído a atenção dos órgãos públicos”, completa
Franco.
Entre
as causas mais relevantes relacionadas com a alta prevalência da doença
na população está a predisposição genética; estilo de vida, envolvendo
pouca atividade física e condições constantes de stress; ansiedade;
preocupações; e alimentação rica em alimentos com muito sal.
Se
não tratada, o estado permanente de hipertensão arterial acaba por
comprometer o coração e o sistema circulatório, incluindo as artérias e
arteríolas, sistemicamente. As artérias e os pequenos ramos arteriais
(arteríolas), em consequência da alta pressão em suas paredes, vão se
hipertrofiando, degenerando, espessando, causando lesões irreversíveis,
como a arteriosclerose (ramos arteriais de maior calibre) e
arteriolosclerose (ramos arteriais menores). “O sistema arterial como um
todo vai se tornando rígido, inelástico, dificultando a passagem do
sangue bombado pelo coração (ventrículo esquerdo) e assim diminuindo a
nutrição dos órgãos e tecidos”, alerta o patologista.
Também, é importante salientar que as lesões da hipertensão arterial nos rins, frequentemente associadas às do diabetes mellitus, são as causas mais comuns da perda da função renal, com necessidade de transplante de rim.
Formas de prevenção
De
acordo com o membro da Sociedade Brasileira de Patologia, a hipertensão
arterial afeta predominantemente a população adulta e é possível
afirmar que o homem tem a idade de suas artérias. Para prevenir o
sistema circulatório dos malefícios da doença é preciso ter uma vida
saudável; boa alimentação, restringindo o sal; manter bom peso; evitar
vida ociosa, sem atividade física; controlar o stress, excesso de
trabalho, ansiedade e preocupações. “Sabemos que nada é fácil na vida,
porém com coragem e determinação vamos à luta para controlar e manter os
níveis de nossa pressão sanguínea dentro da normalidade” finaliza
Franco.
Tratamento
As
formas de tratamento da hipertensão arterial envolvem, em primeiro
lugar, determinar se a hipertensão é primária ou secundária. Quando é
secundária, é importante tratar a doença de base que está causando o
estado hipertensivo, como corrigir a estenose da artéria renal, excisar
(extrair) o tumor da adrenal e etc.
jornalista . rubenn dean
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