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Empregos formais em alta nas comunidades pacificadas

Pesquisa realizada em 16 áreas com UPPs aponta índice expressivo de trabalhadores com carteira assinada e acesso a tecnologias


Há décadas caracterizadas pela informalidade, as favelas do Rio começam a se destacar no mercado de trabalho pelo índice de empregados formais. Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgada na sexta-feira (20/7) mostra que 65,7% dos trabalhadores do Borel têm carteira assinada, o que coloca a comunidade no topo da lista entre as 16 regiões ocupadas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) consultadas pela instituição.

O estudo analisa taxas de emprego e renda, escolaridade e acesso a novas tecnologias, dados que nortearão o planejamento de ações do projeto social Sesi Cidadania. Os índices de empregos formais, escolaridade e renda são os que mais merecem destaque. Nas favelas da Zona Norte (Turano, Andaraí, Salgueiro, São João, Formiga, Macacos, Borel), a taxa de ocupação formal chega a 60,3%, muito superior à marca da Região Metropolitana, de 45,8%. Já na Zona Sul (Chapéu-Mangueira, Tabajaras, Babilônia, Cantagalo, Santa Marta, Pavão- Pavãozinho), atinge 56,5%.

– Assim que essas comunidades foram pacificadas, entramos a Caravana do Trabalho, possibilitando a inscrição no microcrédito, justamente para que esses moradores saíssem da informalidade. Muitas pessoas, antes ligadas a atividades ilícitas, procuraram o serviço em busca de um emprego com carteira assinada – disse o secretário de Trabalho e Renda, Paulo Novaes.

Dono de uma padaria no Morro dos Macacos há 21 anos, Flávio Duarte de Melo, 39, legalizou o seu negócio em julho de 2011 e já emprega seis trabalhadores.

– Hoje sou diretor-presidente da minha empresa, e todos os meus funcionários têm carteira assinada – disse o empreendedor.

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Com relação às novas tecnologias, o Chapéu-Mangueira está entre as favelas com maior índice de portadores de telefone celular: 92,2%. O Turano tem o maior número de moradores com internet própria (40,2%) e o Pavão mais residências com TV por assinatura (52,9%). Responsável pelo estudo, Hilda Alves, gerente do Sistema Firjan, afirma que ações de educação serão reforçadas.

– Estamos formatando um curso para preparar jovens para a entrevista de emprego – afirmou.