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Bernardo Rossi
 

Portadores de necessidades especiais terão acessibilidade no governo
de Bernardo Rossi
Locomoção e mercado de trabalho são pontos primordiais na proposta do
candidato a prefeito pelo PMDB
Uma população com 39 mil pessoas, os portadores de necessidade
especiais terão o direito de ir e vir garantido, além de seu espaço no
mercado de trabalho com os projetos específicos de Bernardo Rossi,
candidato a prefeito pela coligação Juntos para Mudar Petrópolis
(PMDB, PP, PTB, PSC, PSDB, PPS, PRTB, PSL e PRB). "Um dos maiores
entraves ao desenvolvimento pleno desses cidadãos é a acessibilidade.
No meu governo vai ser prioridade em todas as secretarias afins
garantir a locomoção dessas pessoas seja para o trabalho, para escola
ou para o lazer", garantiu.
Entre os diversos obstáculos que enfrentam, se locomover parece ser o
mais difícil para essa parte de população, já que encontra na cidade
ruas sem sinalização adequada e que nem garantem o livre circular das
cadeiras. Este é o caso de Silvana Carvalho, de 50 anos, que precisa
levar a filha Maria Eduarda, de 8 anos, cadeirante, para uma série de
consultas e para a escola. "As ruas estão péssimas, não têm rampas e
acessos fáceis para os cadeirantes. Eu tenho que levá-la ao posto de
saúde e tenho que subir duas ruas íngremes, sem contar os espaços que
não estão prontos para receber uma cadeira de rodas, inclusive os
colégios. Fizeram a inclusão, mas não a adaptação", desabafou.
Uma das propostas de Bernardo é instituir o auxílio moradia para
atender os portadores de necessidades especiais que residem em locais
de difícil acesso, por meio de escadarias, ou em servidões onde não
entram carros, por exemplo. "Essas pessoas terão um auxilio
financeiro, como o aluguel social, para locar imóveis onde haja mais
chances de acessibilidade, onde haja facilidade para conseguir os
meios de transporte públicos".
O transporte também não fica atrás, como revela o comerciante Luiz
Fernando de Souza, de 50 anos, que não tem um dos braços. "Faltam mais
lugares para os deficientes nos ônibus. No meu caso, que carrego as
minhas crianças, como faço se tenho que segurar uma no colo? Fica
difícil: ou seguro ela ou me seguro", disse. Silvana ratifica a
insatisfação. "Colocaram ônibus novos e com rampa, mas ela, muitas
vezes, não funciona porque as ruas em toda a cidade, são íngremes,
ladeiras e os ônibus continuam não respeitando os horários. Sou
obrigada a andar 300 metros nessas ruas para pegar outra linha de
ônibus", destacou.
Além de garantir a acessibilidade, o candidato também quer incluir os
portadores no mercado de trabalho. De acordo como um estudo da
Fundação Getúlio Vargas (FGV), 21.6% dos deficientes do país – 24,5
milhões de pessoas – nunca foram à escola e aqueles que conseguiram
algum grau de instrução ainda têm dificuldades de acesso ao mercado de
trabalho e, na informalidade ou ainda com emprego formal, recebem
menos de um salário mínimo.
Para atender esse público, o candidato, que é deputado estadual,
apresentou indicação para que o governo do Estado instale no Centro
Público de Trabalho e Renda de Petrópolis um Núcleo Estadual de
Atendimento ao Deficiente (NEAD) e ainda que a Secretaria Estadual de
Educação crie um programa específico para a formação profissional da
pessoa com deficiência – 13% da população petropolitana. "O ingresso
ao mercado de trabalho ainda é um desafio para essas pessoas. O Núcleo
em Petrópolis vai poder aproximar mais o deficiente do mercado de
trabalho", aponta Bernardo Rossi.
Este é o drama do ex- vigilante Levi de Paula, de 58 anos, que além de
conviver diariamente com as dificuldades de transitar pelas ruas da
cidade, também se encontra impedido de trabalhar, já que Petrópolis
não está pronta para sua rotina. Sem as duas pernas, Levi, hoje, passa
praticamente a maior parte do tempo consertanto objetos e construindo
uma rampa para tentar facilitar sua locomoção ao sair de casa. "Eu
queria muito voltar a trabalhar, mas não tenho como sair de casa.
Dependo de uma empresa que venha me pegar, pois fica difícil sair
nessas ruas. Quando preciso sair, vivo o drama de andar de cadeira de
rodas pela cidade", lamenta.
 
jornalista
rubenn dean
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