materia do rio de janeiro

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

jornalista / apresentador
rubenn dean paul alws
tel.021.9337.4123
facebook. eddie murphy 

Paraty comemora título de Patrimônio Histórico Cultural da Cachaça

Tradicional produtora de aguardente, cidade se prepara para os 30 anos do festival da bebida


A menos de um mês para o Festival da Cachaça 2012, Paraty, no Sul Fluminense, está em contagem regressiva para o evento. E no ano em que o festival completa 30 anos, produtores e amantes da cachaça receberam um presente que dará “gostinho” especial à festa: a pinga – como ficou popularmente conhecida – se tornou Patrimônio Histórico Cultural do Estado através de uma lei sancionada pelo governador Sérgio Cabral.

– Queremos mostrar que a cachaça não é um simples destilado, mas um produto nacional carregado de história e cultura – afirmou Eduardo Mello, herdeiro da família de alambiqueiros mais tradicionais da cidade, produzindo a cachaça Coqueiro desde 1803.

A cachaça produzida em Paraty é a única do País com Indicação Geográfica, desde 2007, concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Trata-se de uma espécie de selo, que impede que o nome do município seja usado em embalagens de aguardentes fabricadas em outros locais.

Sabores diferenciados em cada alambiques

Atualmente, existem sete alambiques em funcionamento na cidade. E a diferença entre eles não está apenas na marca, mas no produto final.

– Cada alambique tem sua receita de levedura, e a diferença na forma de produzir resulta em aroma e sabores peculiares – disse o dono da cachaça Pedra Branca, Lúcio Freire.

Boa para o paladar feminino

Há quem ainda afirme que a cachaça é bebida para homem, mas basta andar pelas ruas da cidade para ver mulheres degustando aguardentes. Para atingir esse crescente público, além da tradicional branquinha, das cachaças envelhecidas e da azulada típica de Paraty, os alambiques produzem versões com sabores. E tem mulher também colocando a “mão na massa”.

É o caso de Maria Izabel Gibrail Costa, 62 anos, que fabrica há 16 anos a cachaça que leva seu nome.

– As pessoas diziam que mulher não sabia fazer cachaça e que meu produto era fraco. Mas ele é um das mais fortes, com 44% de teor alcoólico. Minha cachaça é como a mulher: forte, mas suave – disse.

Em Paraty, a cachaça contribui para o fortalecimento da economia e do turismo, além de incrementar a gastronomia da região. Considerada uma bebida de classes inferiores, foi historicamente marginalizada e chegou a ter sua fabricação proibida no Rio, no século XVII.

– No momento em que se reconhece a cachaça como Patrimônio Histórico Cultural do Estado, está se reconhecendo uma técnica de produção, um conhecimento ancestral que tem que ser valorizado porque é a própria razão de formação cultural do povo do estado – disse o historiador Diuner Mello.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Imprensa Rio Brasil!

Musica do Cantor Tinie Tempah!!!

Musica do Cantor Tinie Tempah!!!