REPÓRTER . RUBENN DEAN MAT.ABR.2013/0143
A cura gay e o “timing” perfeito de Feliciano
Obs:
"Onde ser gay é doença ? Pelo que sabemos é uma opção da pessoa. Esses políticos tem que procurar alguma coisa para fazer ao invés de querer gastar mais dinheiro público... Se isso fosse sair do bolso deles e dos seus amigos (digo das autoridades políticas do Brasil ) , mas essa conta quem vai pagar é a população com seus tributos que geram trilhões para sustentar um bando de desocupados; estou me referindo aos políticos , que ditam regras mas quem paga as contas é a população ."
Enquanto protestos relacionados a tarifa do transporte público, a mobilidade urbana, o uso de verba pública para construção de estádios, a Copa das Confederações e a democracia do país param cidades, mexem com a relação do brasileiro e seus direitos e buscam transformar a realidade, a Comissão de Direitos Humanos se reúne para discutir um de seus projetos mais polêmicos: a cura gay.
A sessão estava vazia e a cada tentativa de cancelar a
votação, o deputado Simplício Araújo (PPS-MA) tinha seu microfone
cortado. Já temos uma resposta sobre como anda a democracia por aqui.
(
(
O projeto votado é do deputado e ex-coordenador da bancada evangélica,
João Campos (PSDB-GO). Ele acredita que o Conselho Federal de Psicologia
restringiu o trabalho do psicólogo ao não permitir esse tipo de
atividade. O Procon também não permite que você venda algo que não vai
entregar; eles chamam de propaganda enganosa.
Tratamentos para deixar de ser torcedor desse ou daquele time também
não existem. Também nunca vi nada sobre deixar de gostar da cor verde.
São esses outros tratamentos que os deputados deveriam lutar para que os
psicólogos pudessem oferecer. Todos têm a mesma base: a pessoa não está
doente, portanto não precisa se tratar.Além de poder oferecer esse tipo de tratamento, o deputado quer que os psicólogos possam falar sobre isso por aí. A Organização Mundial de Saúde é o órgão que define o que é ou não doença e, desde 17 de maio de 1990, a homossexualidade não faz parte dessa lista. Portanto seria, no mínimo, pouco inteligente ir contra essa resolução do maior órgão de saúde do mundo.
Incitação a violência e desrespeito ao direito de diversidade são argumentos válidos e que já estão sendo utilizados na luta contra esse cerceamento de direitos. Se há a cura para homossexuais deve haver, também, a cura para heterossexuais? Será que isso poderia ser anunciado por aí?
O Conselho Federal de Psicologia já se manifestou contrário ao projeto. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, também se mostrou contrária a ideia de que essa agressão deva ser levada adiante. Para ser efetivamente aprovado, o projeto terá sua constitucionalidade revista pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e segue para a Comissão de Seguridade Social da Câmara.
Há outros lugares do mundo em que esse tipo de tratamento é permitido? Sim, há. Mas não são aqueles que respeitam sua população. Lidar com a pressão de não seguir as normas de conduta que regem a sociedade há séculos não é simples e ter pessoas dizendo que você é doente não torna isso mais gostoso.
O resultado da aprovação de uma lei como essa seria um retrocesso para o Brasil, que anda bastante interessado em voltar aos tempos das cavernas, e, mais do que isso, uma vergonha para qualquer pessoa que se importa, genuinamente, com Direitos Humanos.
Deputados apontam que esse é um projeto que não será aprovado nas próximas comissões, mas que é uma plataforma política para angariar votos, fazendo com que fieis acreditem que os políticos estão lutando por uma crença, quando eles sabem na verdade que está trabalhando de maneira inconstitucional. Faz sentido.
jornalista . rubenn dean
tel.021.9337.4123
email.
rubenndeanrj@gmail.com
facebook.
eddie rubenn dean murphy
Nenhum comentário:
Postar um comentário