AVISO DE PAUTA
REPÓRTE
RUBEM DE PAULA
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff pretende fazer uma reforma ministerial enxuta, depois da eleição que renovará...
- A presidente Dilma Rousseff pretende fazer uma reforma
ministerial enxuta, depois da eleição que renovará o comando da Câmara e
do Senado, em 1.º de fevereiro de 2013. Até agora, Dilma avalia que é
mais conveniente esperar a acomodação da base aliada no Congresso, antes
de promover as trocas na equipe. A estratégia foi traçada para evitar o
costumeiro jogo de intrigas e pressões, além de ruídos na dobradinha
entre o PT e o PMDB.
Pré-candidata a um segundo mandato, em 2014,
Dilma está mais política, faz afagos nos insatisfeitos e chama a reforma
de "ajuste". Na prática, porém, ela tem seguido os conselhos do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reuniu na última
terça-feira: não vai comprar brigas desnecessárias, muito menos
desalojar parceiros que podem estar no palanque petista, daqui a dois
anos.
Depois de se unir a José Serra (PSDB) na eleição em São
Paulo, o PSD do prefeito Gilberto Kassab ingressará na coligação
governista, apoiará Dilma e ganhará um ministério. Presidente da Câmara
Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Simão - que comanda o PSD
de Minas - é cotado para ocupar o recém-criado Ministério da Micro e
Pequena Empresa. Nas fileiras do PSD, outras opções para uma vaga na
Esplanada são o líder do partido na Câmara, Guilherme Campos (SP), o
vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e a senadora
Kátia Abreu (TO).
A opção por Simão seria uma forma de ampliar o
espaço de Minas na equipe. Dilma está decidida a contemplar Kassab, que
em julho chegou a intervir na seção municipal do PSD para avalizar a
candidatura de Patrus Ananias (PT), derrotado depois, em Belo Horizonte,
na disputa contra o prefeito Márcio Lacerda (PSB).
O xadrez da
reforma, no entanto, não é tão simples como parece. O PMDB de Minas, que
retirou a candidatura na capital para ser vice na chapa de Patrus,
também espera uma recompensa. Atualmente, o PMDB controla cinco
ministérios (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Turismo e
Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o plano de Dilma é pôr o partido
do vice-presidente Michel Temer no comando de mais uma cadeira.
Se
nada mudar até fevereiro, porém, o contemplado não será mineiro. O
acerto é para abrigar o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) no Ministério
da Ciência e Tecnologia, hoje ocupado pelo técnico Marco Antônio Raupp.
Chalita aderiu à campanha de Fernando Haddad (PT) no 2.º turno da
eleição paulistana.
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff pretende fazer uma reforma
ministerial enxuta, depois da eleição que renovará o comando da Câmara e
do Senado, em 1.º de fevereiro de 2013. Até agora, Dilma avalia que é
mais conveniente esperar a acomodação da base aliada no Congresso, antes
de promover as trocas na equipe. A estratégia foi traçada para evitar o
costumeiro jogo de intrigas e pressões, além de ruídos na dobradinha
entre o PT e o PMDB.
Pré-candidata a um segundo mandato, em 2014,
Dilma está mais política, faz afagos nos insatisfeitos e chama a reforma
de "ajuste". Na prática, porém, ela tem seguido os conselhos do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reuniu na última
terça-feira: não vai comprar brigas desnecessárias, muito menos
desalojar parceiros que podem estar no palanque petista, daqui a dois
anos.
Depois de se unir a José Serra (PSDB) na eleição em São
Paulo, o PSD do prefeito Gilberto Kassab ingressará na coligação
governista, apoiará Dilma e ganhará um ministério. Presidente da Câmara
Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Simão - que comanda o PSD
de Minas - é cotado para ocupar o recém-criado Ministério da Micro e
Pequena Empresa. Nas fileiras do PSD, outras opções para uma vaga na
Esplanada são o líder do partido na Câmara, Guilherme Campos (SP), o
vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e a senadora
Kátia Abreu (TO).
A opção por Simão seria uma forma de ampliar o
espaço de Minas na equipe. Dilma está decidida a contemplar Kassab, que
em julho chegou a intervir na seção municipal do PSD para avalizar a
candidatura de Patrus Ananias (PT), derrotado depois, em Belo Horizonte,
na disputa contra o prefeito Márcio Lacerda (PSB).
O xadrez da
reforma, no entanto, não é tão simples como parece. O PMDB de Minas, que
retirou a candidatura na capital para ser vice na chapa de Patrus,
também espera uma recompensa. Atualmente, o PMDB controla cinco
ministérios (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Turismo e
Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o plano de Dilma é pôr o partido
do vice-presidente Michel Temer no comando de mais uma cadeira.
Se
nada mudar até fevereiro, porém, o contemplado não será mineiro. O
acerto é para abrigar o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) no Ministério
da Ciência e Tecnologia, hoje ocupado pelo técnico Marco Antônio Raupp.
Chalita aderiu à campanha de Fernando Haddad (PT) no 2.º turno da
eleição paulistana.
O PSB derrotou o PT em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Campinas.
Conquistou 440 prefeituras e foi o partido que mais cresceu,
proporcionalmente, em relação às eleições municipais de 2008, dando um
salto de 42%. O PT elegeu 633 prefeitos e o PMDB, 1025.
"É claro
que, após qualquer evento político, é hora de discutir a relação",
admitiu o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). "Houve estresse com o
PMDB na Bahia e o PSB é um partido bastante cobiçado pela oposição, que
quer rachar a base aliada. Mas, enquanto eles batem bumbo, nós vamos de
berimbau. Tentamos sempre achar o caminho do meio."
Pré-candidatos.
Pelo menos seis ministros do PT são pré-candidatos a governos de
Estado, em 2014, mas nenhum deles deve deixar a Esplanada agora. Na Casa
Civil, a tendência é que Gleisi Hoffmann (PT), citada para concorrer à
sucessão no Paraná, continue no cargo por mais algum tempo. Com isso, o
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, um dos nomes do PT para
disputar o Palácio dos Bandeirantes, pode não ser deslocado para outra
pasta. Mercadante gostaria de ir para um ministério com mais peso
político.
Em São Paulo, os outros pré-candidatos são Alexandre
Padilha (Saúde), Marta Suplicy (Cultura) e José Eduardo Cardozo
(Justiça). A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) quer
entrar no páreo em Santa Catarina. / COLABORARAM TÂNIA MONTEIRO E RAFAEL
MORAES MOURA
jornalista. rubenn dean
email.rubenndeanrj@gmail.com
facebook. eddie rubenn dean murphy
tel. 021.9337.4123