Dia Mundial do Diabetes: ação na Rocinha alerta população sobre cuidados com a doença
A
UPD foi criada para orientar e ajudar diabéticos na prevenção de lesões
e de consequentes amputações. Além disso, as palmilhas e calçados
oferecidos previnem lesões, distribuem a pressão do pé e protegem a
planta do pé, além de auxiliarem também na melhoria da qualidade de vida
do doente, que, em geral, passa a sofrer menos com calos e fissuras nos
pés ao usar essas órteses.
- A principal causa de amputações é a falta de cuidados preventivos com os pés. O problema pode começar com um simples arranhão mal tratado. Por isso, é muito importante essa orientação sobre os cuidados com a região – ressalta Rosane.
Números da doença – Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos diabéticos vivem em países pobres e cerca de 183 milhões de pessoas não sabem que têm a doença. Quando ocorre o diagnóstico, metade dos pacientes já desenvolveu complicações crônicas como alterações na retina, nos rins e o pé diabético. Pesquisa da organização mostrou que o diabetes foi a causa de 4,6 milhões de mortes no mundo em 2011. A cada cinco segundos uma pessoa fica diabética e uma morre a cada 10 segundos por causa da doença. A taxa de mortalidade cresce também no país. Entre 2000 e 2010, registrou-se aumento de 21% somente no Rio de Janeiro e 38% no Brasil.
O diabetes tornou-se um desafio pra qualquer sistema de saúde do mundo. Além da obesidade e sedentarismo, principais responsáveis pelo diabetes tipo II, ainda temos a forma da doença de origem autoimune, o tipo I, quando o corpo produz anticorpos que bloqueiam ou destroem células que produzem a insulina e, muitas vezes, estão associados a outras doenças como lúpus, artrite reumatóide e doença celíaca – esclarece Rosane.
O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostrou que, em 2010, as mortes causadas por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas foram a 6ª causa de morte entre pacientes com 50 anos ou mais no estado do Rio e subiram para o 4º lugar na população acima dos 60 anos. Os homens foram os mais atingidos pela doença no estado nos últimos 10 anos.
Secretaria de Estado de Saúde participa do evento, através do Iede,
destacando a importância dos cuidados com o pé diabético, uma das partes
do corpo mais sensíveis para quem sofre da doença
Nesta quarta-feira, dia 14 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do
Diabetes e o Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz
Capriglione (Iede) estará no Complexo Esportivo da Rocinha participando
de ação organizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes. Uma equipe da
instituição da Secretaria de Estado de Saúde - formada por
fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeiros, assistente social e
massoterapeuta - atenderá quem passar pelo local oferecendo informações
sobre a doença e os principais cuidados com os pés, uma das partes do
corpo mais sensíveis para quem sofre da doença.
Durante
a ação, que acontece das 8h às 12h, será realizado o exame do
monofilamento, que avalia a sensibilidade dos pés. Além disso, os
visitantes diabéticos vão aprender exercícios para melhorar a saúde do
pé e receberão kits com pau de laranjeira, lixa, toalhinha e creme
hidratante para cuidar da região. O tratamento já é feito em pacientes
da unidade.
- Nossa equipe multidisciplinar vai fazer avaliações de pés em risco, verificar a existência de frieiras e machucados, oferecer orientação sobre calçados e formas de hidratar a pele, que, em pacientes diabéticos, costuma ser mais fina e seca do que o normal. Isso acaba predispondo a lesões que podem evoluir para um quadro mais grave, levando à amputação. A ideia é que a preocupação em cuidar do pé comece assim que o paciente seja diagnosticado com a doença – explica a chefe do serviço de diabetes do Iede, Rosane Kupfer.
- Nossa equipe multidisciplinar vai fazer avaliações de pés em risco, verificar a existência de frieiras e machucados, oferecer orientação sobre calçados e formas de hidratar a pele, que, em pacientes diabéticos, costuma ser mais fina e seca do que o normal. Isso acaba predispondo a lesões que podem evoluir para um quadro mais grave, levando à amputação. A ideia é que a preocupação em cuidar do pé comece assim que o paciente seja diagnosticado com a doença – explica a chefe do serviço de diabetes do Iede, Rosane Kupfer.
Estado oferece serviço especial para o pé diabético - Lixadeira,
cola de sapateiro, fôrmas. Muitos dos pacientes que se tratam no
Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede),
no Centro do Rio, não imaginam que esses instrumentos sejam usados em
uma sala no final do corredor do primeiro andar do instituto. Lá,
funciona uma pequena oficina, operada por técnicos em órteses e
próteses, que recondiciona e ajusta palmilhas para pacientes diabéticos
que se tratam na unidade. Esse é apenas um dos serviços presentes na
Unidade do Pé Diabético (UPD), que existe há 16 anos. Focada no
tratamento e cuidado aos pés de quem tem diabetes, a UPD fornece
gratuitamente palmilhas e sapatos personalizados exclusivamente para
pacientes do Iede, além de serviços de massoterapia, exercícios para os
pés e procedimentos fisioterapêuticos. Até 2011, o serviço forneceu mais
de 1,2 mil palmilhas e calçados.
Para
participar do projeto, o paciente é avaliado pela equipe da UPD,
composta por assistente social, enfermeiras, fisioterapeutas,
massoterapeutas e terapeuta ocupacional, que faz a anamnese do caso, e
passa por um exame detalhado dos pés, que avalia o grau de risco para
desenvolvimento de lesão e amputação. A partir daí, ele é agendado para o
grupo de orientação dos cuidados básicos.
59% dos diabéticos com lesões no pé são homens - Pesquisas recentes comprovam a seriedade do problema do pé diabético. Segundo levantamento realizado entre agosto e setembro deste ano pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - Regional Rio de Janeiro, mais da metade das pessoas que procuraram as emergências da rede pública do estado do Rio com problema de pé diabético acabaram sofrendo amputação. O estudo foi feito em 30 hospitais do estado e detectou que, de 193 casos de pacientes diabéticos com lesão no pé, 59% eram homens, com mais de 62 anos de idade e mais de 11 anos de diabetes.
59% dos diabéticos com lesões no pé são homens - Pesquisas recentes comprovam a seriedade do problema do pé diabético. Segundo levantamento realizado entre agosto e setembro deste ano pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - Regional Rio de Janeiro, mais da metade das pessoas que procuraram as emergências da rede pública do estado do Rio com problema de pé diabético acabaram sofrendo amputação. O estudo foi feito em 30 hospitais do estado e detectou que, de 193 casos de pacientes diabéticos com lesão no pé, 59% eram homens, com mais de 62 anos de idade e mais de 11 anos de diabetes.
- A principal causa de amputações é a falta de cuidados preventivos com os pés. O problema pode começar com um simples arranhão mal tratado. Por isso, é muito importante essa orientação sobre os cuidados com a região – ressalta Rosane.
Este é o 5º ano que o Iede participa da ação no Dia Mundial do Diabetes e
a expectativa é atender cerca de 100 pessoas no estande da
instituição. Além disso, o instituto aproveita a data para oferecer, em
sua sede, atividades lúdicas para as crianças portadoras de diabetes no
intuito de gerar uma melhor aceitação da doença. Até o final desta
semana, a fachada do instituto, que é tombada pelo Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, ficará iluminada de azul. Este ano, o tema da
campanha é “Diabetes: proteger o nosso futuro”.
Números da doença – Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos diabéticos vivem em países pobres e cerca de 183 milhões de pessoas não sabem que têm a doença. Quando ocorre o diagnóstico, metade dos pacientes já desenvolveu complicações crônicas como alterações na retina, nos rins e o pé diabético. Pesquisa da organização mostrou que o diabetes foi a causa de 4,6 milhões de mortes no mundo em 2011. A cada cinco segundos uma pessoa fica diabética e uma morre a cada 10 segundos por causa da doença. A taxa de mortalidade cresce também no país. Entre 2000 e 2010, registrou-se aumento de 21% somente no Rio de Janeiro e 38% no Brasil.
O diabetes tornou-se um desafio pra qualquer sistema de saúde do mundo. Além da obesidade e sedentarismo, principais responsáveis pelo diabetes tipo II, ainda temos a forma da doença de origem autoimune, o tipo I, quando o corpo produz anticorpos que bloqueiam ou destroem células que produzem a insulina e, muitas vezes, estão associados a outras doenças como lúpus, artrite reumatóide e doença celíaca – esclarece Rosane.
O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostrou que, em 2010, as mortes causadas por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas foram a 6ª causa de morte entre pacientes com 50 anos ou mais no estado do Rio e subiram para o 4º lugar na população acima dos 60 anos. Os homens foram os mais atingidos pela doença no estado nos últimos 10 anos.
jornalista.
rubenn dean
tel.021.9337.4123
email.rubenndeanrj@gmail.com
facebook. eddie rubenn dean murphy
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