REPÓRTER . RUBENN DEAN . MAT.ABR.2013/0143
Dep. Estadual .
Bernardo Rossi quer ligação Bingen-Quitandinha como prioridade
O petropolitano vai ter de esperar de quatro a cinco anos
pela execução total da nova pista de subida da Serra. Com um atraso de
17 anos, a intervenção na Rio-Petrópolis-Juiz de Fora, dividida em cinco
lotes pela Concer, concessionária que administra a via, começou nesta
sexta-feira (14.06), porém, no município de Duque de Caxias. A Concer
não sabe precisar em quanto tempo cada etapa será concluída e aponta
três anos como prazo final de entrega da obra. A ligação
Bingen-Quitandinha, prevista no quinto e último lote, pode ser
antecipada, mas só começaria daqui a um ano, segundo a Agência Nacional
de Transportes Terrestres (ANTT).
- A Concer não faz nada
por Petrópolis. E a duplicação começa em Caxias. Serão de quatro a cinco
anos de obras por causa da complexidade de se fazer um túnel de cinco
quilômetros e enquanto isso vamos continuar usando uma pista sem
manutenção, com risco de acidentes a cada metro, engarrafamentos
constantes e com prejuízos para indústria e comércio da cidade. Então, o
nosso apelo é para que pelo menos a ligação Bingen-Quitandinha comece
já", defende Bernardo Rossi.
O primeiro lote, com custo de R$ 62.481.163,75, contempla
as obras situadas em Duque de Caxias, entre os kms 103 e 97. Está
prevista uma nova praça de pedágio e uma nova via entre Xerém e Vila
Bonança e vias marginais até a localidade do Aviário, que permitirão a
separação do tráfego local do de longa distância, além de possibilitar o
acesso direto de moradores de Xerém ao Centro de Duque de Caxias.
- A área, em Caxias, é considerada um dos maiores gargalos
rodoviários do Estado, mas estão esquecendo que a subida a Serra é
penosa, com um tráfego altíssimo em horários de pico. Os acidentes com
veículos pesados são constantes e a estrada chega a ficar fechada por
horas", aponta Bernardo Rossi.
A nova pista faz parte dos lotes 2, 3 e 4. Eles vão do km
97, em Caxias, ao 80, chegando na entrada de Petrópolis. “Sem dinheiro
para toda a obra, a Concer, para os lotes 2, 3 e 4, que são efetivamente
a nova pista, vai precisar de socorro do governo federal. Nem para o
faraônico túnel que ela mesma projetou, a Concer tem a verba
necessária", aponta Bernardo Rossi. A liberação de recursos públicos
somará R$ 2,8 bilhões e alcançará outra concessionária, a CCR,
responsável pela Via Dutra e pela Ponte Rio-Niterói.
Obra mais cara do que o previsto: quase R$ 1 bilhão para 20 quilômetros
No contrato de concessão
firmado em 1995, a Concer previa investir R$ 80 milhões para a nova
pista de subida da serra. A obra foi adiada sucessivamente até que em
2011 a empresa apresentou o projeto e a conta de R$ 830 milhões. A
concessionária, no entanto, alegou não ter o montante e atrelou a nova
pista a um aporte do governo federal ou a prorrogação de seu contrato,
que expira em 2011. No ano passado, as estimativas subiram para R$ 862
milhões e no lançamento da obra nesta sexta-feira, um novo valor, de R$
917 milhões.
- A Concer conta com
recursos da União de mais de R$ 600 milhões e que podem ser trocados
pela prorrogação do contrato com a concessionária. O que nos preocupa é
uma obra difícil, que pode atrasar pela complexidade e ainda nos vermos
submetidos a uma dilatação da administração da rodovia nos termos de
hoje, sem compromisso com usuário, sem o básico como radares,
iluminação, monitoramento e pistas de qualidade", completa Bernardo
Rossi.
jornalista . rubenn dean
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eddie rubenn dean murphy
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