Região Serrana comemora resultados positivos na agricultura
Foram mais de R$ 62 milhões investidos na recuperação das atividades produtivas
Dois
anos após a catástrofe climática que devastou a região serrana
fluminense, muita coisa mudou nas áreas rurais dos oito municípios
afetados. Considerada uma das mais importantes áreas de produção de
hortifrutigranjeiros do sudeste brasileiro, a serra comemora a retomada
da capacidade produtiva de suas áreas agrícolas. A região é responsável
por mais de 90% das folhosas comercializadas na unidade da Ceasa-RJ no
Grande Rio e também pela produção de olerícolas, flores, frutas, além
das criações de gado e de aves.
Com
recursos do Banco Mundial e dos governos federal e estadual, a
secretaria estadual de Agricultura e Pecuária investiu mais de R$ 62
milhões na reconstrução das áreas agrícolas de Teresópolis, Petrópolis,
Nova Friburgo, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim,
Trajano de Moraes e de Santa Maria Madalena. Todas as ações foram
executadas e supervisionadas pelos técnicos das empresas vinculadas à
secretaria, Emater-Rio e Pesagro-Rio, com apoio do Sebrae-RJ, das
prefeituras municipais e da Faerj (Federação de Agricultura, Pecuária e
Pesca do Estado do Rio de Janeiro).
Através do Rio Rural Emergencial, foram
destinados mais de R$ 15 milhões, não reembolsáveis, para os projetos de
retomada da produção, envolvendo a aquisição de insumos e de estrutura
produtiva, beneficiando diretamente cerca de 2.000 agricultores
familiares. Além disso, o programa investiu na aquisição de máquinas e
implementos agrícolas para cessão a 29 associações de pequenos
produtores, de seis municípios, contemplando mais de 4.300 produtores.
Em Nova
Friburgo, o floricultor Willian Cláudio Pinto, da localidade Stucky, na
microbacia Vargem Alta, foi um dos beneficiados. O temporal de 2011
provocou destruição na lavoura, além de dificuldades de acesso e falta
de luz. Com ajuda financeira de R$ 19 mil, adquiriu mudas e construiu
sete novas estufas. "O recurso foi fundamental para a refazer minha
propriedade. Em nenhum momento pensei em desistir", disse o agricultor,
que executa sua atividade com ajuda dos parentes.
Vias de acesso
Com
recursos do tesouro estadual, na ordem de R$ 30 milhões, o Programa
Estradas da Produção efetuou a recuperação de mais de 1.300 quilômetros
de estradas vicinais, proporcionando a liberação das vias de escoamento
agrícola e acesso dos moradores. Maior produtora de alface do estado,
Teresópolis teve mais de 220 quilômetros de vias desobstruídas,
beneficiando aproximadamente 2.500 produtores das microbacias Rio
Formiga, Rio Vieira, Córrego Sujo, Rio das Bengalas e Baixo Paquequer.
Paralelamente, houve ainda investimentos na
recuperação de 14 pequenas pontes (pontilhões de até dez metros de vão)
em estradas não pavimentadas de microbacias dos municípios de
Teresópolis (8), Sumidouro (12), Bom Jardim (6) e Nova Friburgo (14),
totalizando R$ 4,4 milhões aplicados através de recursos do Banco
Mundial.
Nesta
segunda-feira (07/01), o secretário Christino Áureo visitou a Região
Serrana para inaugurar pontes nas microbacias trabalhadas pelo Rio
Rural, nas localidades Água Quente (Teresópolis), Vieira (Teresópolis),
Caramandu (Sumidouro) e Laranjal de Cima (Bom Jardim). Durante o
percurso, esteve acompanhado pelo secretário executivo do Rio Rural,
Nelson Teixeira; pela coordenadora geral do Estradas da Produção, Stella
Romanos; além dos técnicos da Superintendência de Desenvolvimento
Sustentável da secretaria e da Emater-Rio.
Christino
lembra que a secretaria prestou apoio direto ao homem do campo, desde o
primeiro momento da tragédia. “Além desses investimentos, também
viabilizamos uma linha de crédito emergencial do Pronaf, para atender as
pequenas despesas da propriedade, e fizemos a inclusão do morango nas
culturas financiadas pelo Programa Frutificar”, lembrou o secretário.
O
superintendente Nelson Teixeira destaca que a ajuda financeira do Rio
Rural proporcionou significativa redução de impacto nas perdas do
agricultor. “O recurso oferecido foi um incentivo para a recuperação da
capacidade produtiva da propriedade. O resultado desse trabalho
emergencial foi a melhoria nas condições de produção, inclusive com
aplicação de novas tecnologias e de práticas sustentáveis”, explicou.
jornalista
rubenn dean
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eddie rubenn dean murphy
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