Vigilância Sanitária divulga novos dados sobre a dengue no município
Repórte
Rubem de Paula
Com uma média municipal de 0,2% de incidência de focos de dengue, Petrópolis, no momento, está classificada como cidade de baixo risco em relação à doença. O dado é resultado do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti(LIRAa), o quarto do ano no município, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária Municipal, entre os dias 15 e 24 de outubro.
“O resultado de certa forma favorável não significa que os cuidados com a dengue devam diminuir, mas o inverso. Petrópolis deve ficar muito atenta à doença para evitar histórias trágicas, principalmente nessa época do ano em que as chuvas aumentam. Outro dado de extrema importância que descobrimos com o levantamento foi que a maior presença de focos do mosquito, que representa mais da metade dos casos, está no descuido dentro de casa. Por isso, como principal recomendação, é importante lembrar que vasos de plantas devem ser devidamente limpos com uma buchinha ou ainda preenchidos com terra, o que elimina a possibilidade de tornar o local um espaço adequado para os ovos do mosquito”, explicou o coordenador da Vigilância Sanitária, Eduardo de Lucena.
Dos 81 bairros que integram o município, 59 foram pesquisados nesta etapa. O resultado final do levantamento apresentou positividade para oito bairros, onde foram encontradas as larvas do mosquito. O conjunto que inclui Corrêas, Roseiral e Carangola apresenta médio risco, com 1,3% da média total da cidade. Já os bairros Alto da Serra, Quissamã, Alcobacinha, Nogueira e Posse apresentam baixo risco, com variações de 0,2 % a 0,5%.
Foram pesquisados no último LIRAa do ano 4.910 imóveis, selecionados a partir de um sorteio amostral. “Em Petrópolis fizemos quatro levantamentos durante o ano, o que representa um a mais do que o recomendado pelo Ministério da Saúde, a partir da portaria N° 2557 de 2011. Faremos também nossa campanha para conscientizar um número cada vez maior de pessoas em relação aos cuidados necessários para combater a dengue. Agora cabe à população fazer a parte dela”, frisou Eduardo.
Segundo a Vigilância Sanitária, qualquer depósito que esteja principalmente com água limpa e parada pode virar um criadouro para o mosquito. Para evitar a proliferação do inseto, a recomendação é que sejam dedicados cerca de dez minutos semanais para monitorar e cuidar do lar. “Os principais pontos que devem ser observados nas casas estarão destacados em folders. O material vai ser distribuído no decorrer das próximas semanas e destaca medidas simples que protegem a pessoa no local onde ela mora e também preservam a saúde da vizinhança. Os cidadãos possuem deveres em relação ao controle da doença, é uma questão social”, destacou Eduardo.
Dentre os principais criadouros observados em Petrópolis, a predominância aponta para a classificação tipo ‘B’, com a presença dos ovos do mosquito em vasos e pratos, frascos de plantas e bebedouros de animais. “Isso demonstra que a população ainda não está acreditando que esses são focos importantes do mosquito”, pontuou Eduardo. Ainda de acordo com o levantamento, os outros principais focos são: lixo e outros resíduos sólidos, depósitos naturais como buracos em árvores e bromélias, além de pneus e outros materiais.
Nesse sentido, a Vigilância Sanitária destaca opções simples que contribuem para eliminar os criadouros. Bebedouros de animais, assim como vasinhos de plantas, devem ser limpos com uma buchinha. Para o lixo, a recomendação é que sacos e latas fiquem bem fechados. Em relação aos pneus, a vigilância frisou o trabalho realizado pela Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), que faz a coleta do material. Para isso, é necessário solicitar o agendamento da coleta por meio do telefone 2243-3262.
“Além dos cuidados domiciliares, também cabe ao cidadão permitir a entrada dos agentes na casas para verificar se existe ou não algum foco do mosquito, lembrando apenas de verificar se estão devidamente identificados como funcionários da Vigilância Sanitária. É um trabalho complementar para auxiliar a cidade a controlar a dengue”, esclareceu Eduardo.
jornalista. rubenn dean
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