Vacinas ajudam a reduzir casos de meningites / Governo Federal.

A queda foi de 29% da Doença Meningocócica e de 30% da Meningite Pneumocócica na faixa etária até dois anos 

Repórte
Rubem de Paula

Ações preventivas adotadas pelo Ministério da Saúde contribuíram para diminuir os casos de meningites bacterianas em crianças até dois anos de idade. Nos últimos dois anos, nos tipos mais frequentes - a Doença Meningocócica e Meningite Pneumocócica - a queda foi de 29% e 30%, respectivamente. Os casos de meningocócica registrados passaram de 770, em 2010, para 547, em 2011. Já os de pneumocócica reduziram de 284 para 200, no mesmo período, em todo o país.
 
As conclusões fazem parte do Saúde Brasil 2011, publicação do Ministério da Saúde que está sendo apresentada na 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). A mostra acontece até a próxima sexta-feira (19), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).

De acordo com o estudo, a queda nas incidências de crianças de até dois anos com meningites bacterianas é justificada por iniciativas preventivas do governo federal. Entre as ações está a oferta das vacinas contra as meningites por Neisseriameningitidis (meningococo), Streptococcuspneumoniae (pneumococo) e Haemophilusinfluenzae tipo b (Hib). Todas fazem parte do calendário básico do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e são ofertadas no Sistema Único de Saúde (SUS).

VACINAS – A primeira imunização contra meningite no país foi introduzida em 1999, contra o Hib. Na época, esse tipo de meningite era a segunda causa mais comum da doença, sendo responsável por 1.700 casos por ano e uma incidência média anual de 23,4 casos para cada 100 mil crianças menores de um ano. Com a introdução da vacina, o Brasil registrou uma redução de mais de 90% no número de casos, incidência e óbitos por meningite por Hib.
 
Em 2010, duas novas vacinas foram inseridas no calendário infantil, contra meningococo sorogrupo C - mais importante causa de meningite bacteriana no Brasil, responsável por aproximadamente três mil casos por ano - e pneumococo. As crianças menores de cinco anos representam o grupo etário de maior risco para a meningocócica, concentrando, aproximadamente, 40% dos casos da doença. Com a vacina contra o meningococo, o número de casos de doenças meningocócicas para crianças menores de dois anos caiu 29%.

O pneumococo - responsável por cerca de 1.100 casos de meningite pneumocócica por ano - atinge, principalmente, crianças de até dois anos, com incidência de 3,5 casos para cada 100 mil habitantes. A doença é também responsável por outras enfermidades, como pneumonia, otite e sinusite. Com a inclusão da vacina conjugada 10-valente no calendário básico da criança, em 2011, houve uma redução de 30% no número de casos de meningite pneumocócica para a faixa etária de menores de dois anos. A vacina protege contra 10 sorotipos do pneumococo.

A DOENÇA – A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e medula espinhal. É uma doença grave que pode ser causada por bactérias, vírus, parasitas e fungos. As meningites bacterianas são clinicamente mais graves e têm maior importância em saúde pública pela sua capacidade de ocasionar surtos e epidemias. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele. A transmissão se dá por via respiratória, e o período de incubação varia de dois a 10 dias.

Veja aqui o calendário básico de vacinação da criança:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21462.

jornalista. rubenn dean
tel.021.9337.4123
email.rubenndeanrj@gmail.com
facebook. eddie rubenn dean murphy

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