CPI CRIAÇÃO DE BANCO DE DADOS CONTRA O TRÁFICO DE PESSOAS

CPI CRIAÇÃO DE BANCO DE DADOS CONTRA O TRÁFICO DE PESSOAS


A criação de um banco de dados que permita a excelência do combate ao tráfico de pessoas foi defendida durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Federal sobre o tráfico de pessoas no Brasil, presidida pelo deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), realizada nesta sexta-feira (30/11) no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). "Seria um sistema nacional, em que a União, os estados, os municípios, as polícias e os núcleos estaduais pudessem dialogar e consolidar seus dados; um sistema que possa aumentar a eficiência deste enfrentamento. Hoje, o Estado não tem nenhuma chance de combater esses crimes, se também não estiver em rede e organizado", disse Jordy.

De acordo com o deputado federal, o tráfico de pessoas se esconde atrás de diversas atividades, muitas delas aparentemente respeitáveis. "Não é apenas a questão da exploração sexual, mas também ocorrem em relação às agências de modelo, escolinhas de futebol, tráfico de órgãos, adoção ilegal etc. Enfim, são varias formas em que a vida humana é violada", explicou o parlamentar. Segundo a comissão, o Aeroporto Internacional Tom Jobim é um dos principais pontos de saída de pessoas para o tráfico, com destino ao exterior. Os principais destinos são Espanha, Portugal e Estados Unidos. O tráfico de pessoas movimenta, em todo o mundo, cerca de 35 bilhões de dólares e o Brasil é um dos cinco países com maior incidência nesse crime, que atinge cerca de 4 milhões de pessoas em todo planeta

Presente ao encontro, a coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP/RJ), Graziella Rocha destacou também o trabalho escravo, como grande foco desses criminosos. "O Rio tem rotas de viagem para todos os lugares e é também um lugar de grandes oportunidades. Por isso atrai os trabalhadores do interior, que acreditam que vindo ao Rio terão grandes oportunidades de trabalho. Porém, quando a realidade aparece, eles não encontram nada daquilo que esperavam. Somos receptores de mão de obra. Trabalhadores que vem do Norte e Nordeste e acabam caindo no aluguel de escravos", explicou Graziella.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Policia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro, Marisa Dryes, avaliou o problema como de difícil solução, porque é quase impossível identificar o problema. "No Rio de Janeiro, o principal perfil desse criminoso é voltado para a exploração do trabalho escravo. Na maioria dos casos as pessoas vêm do interior, com documentos de identidade, em ônibus de linha comum, com a ideia de que vão trabalhar de forma legal", apontou Marisa. Ela explicou que o crime, muitas vezes, só acontece quando efetivamente essa pessoa chega ao destino e encontra um alojamento em condições ruins, uma carga horária excessiva de trabalho e a imposição de dívidas. "Por isso a dificuldade em prendermos os criminosos. Até o final do percurso o crime ainda não foi consumado", concluiu Dryes. Participaram ainda do encontro os deputados federais Luiz Couto (PT-PB) e Lilian Sá (PSD-RJ), além do diretor do Departamento de Polícia Especializada do Rio de Janeiro, Fernando Reis.

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