Niemeyer é velado no Rio de Janeiro

NOTA DO DIA
REPÓRTER
RUBEM DE PAULA

UM ADEUS A UMA PESSOA MUITO ESPECIAL
OECAR NIEMEYER

RIO DE JANEIRO 

 Os portões do Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio na zona sul, foram abertos por volta das 8h30 desta sexta-feira para visitação do público ao velório de Oscar Niemeyer, falecido na noite de quarta-feira, 5, aos 104 anos. A movimentação ainda é pequena no local. Inicialmente prevista para as 8h, a abertura dos portões atrasou meia hora, porque os organizadores esperaram a chegada da família do arquiteto.

O velóriofica aberto aos populares até as 15h e segue fechado para parentes e amigos até as 17h. Nesse horário o corpo deixa o Palácio em cortejo rumo ao cemitério São João Batista, onde o enterro deve ocorrer às 17h30.

Nesta manhã, minutos antes do início da visitação pública, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o governador, Sérgio Cabral, e seu vice, Luiz Fernando Pezão, aproximaram-se do caixão, onde permaneceram por cerca de 2 minutos.

O caixão com o corpo de Niemeyer está fechado e isolado, por motivos de segurança. Os visitantes ficam a uma distância de cinco metros. Somente familiares e amigos podem permanecer dentro da área restrita. O velório ocorre no saguão principal do palácio.

Entre as muitas coroas de flores enviadas ao velório do arquiteto e ex-militante comunista Oscar Niemeyer, no Palácio da Cidade, zona sul do Rio de Janeiro, destacam-se as homenagens dos irmãos Fidel e Raul Castro. Cada um enviou uma coroa. Fidel lembrou "o incondicional amigo de Cuba Oscar Niemeyer", e o irmão Raul, o "querido amigo Niemeyer".

Fidel assinou a lembrança como "comandante em chefe Fidel Castro Ruiz". Seu irmão assina a coroa como "general Raul Castro". Uma terceira coroa de flores foi enviada pelo embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodríguez.

O engenheiro Giorgio Veneziani, de 86 anos, que trabalhou com Niemeyer na construção da Catedral de Brasília, foi ao Palácio da Cidade prestar homenagem ao arquiteto. Ele falou da convivência entre os dois.

"Quando eu estudava na Itália, Niemeyer já era uma referência. Estivemos juntos muitas vezes e tivemos outros pontos de convergência, como o socialismo. E isso nos aproximava ainda mais.
Ele me chamava de amigo e companheiro", diz o engenheiro, acrescentando que fez o revestimento de mármore de todos os palácios de Brasília projetados pelo amigo.

Na quinta-feira, 6, o corpo de Niemeyer foi velado no Palácio do Planalto, em Brasília. Ao todo, 44 coroas de flores foram dispostas no salão - de Marisa Letícia e Lula, do governo da Bolívia, de Fidel Castro, da Ambev, do PC do B (uma homenagem ao "grande camarada comunista") e até do Comando da Aeronáutica

jornalista
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